Mãe inspira filha a criar ateliê de costura
Aline Tolotti cresceu ouvindo os pedais das máquinas de costura e grande parte do seu conhecimento na área artesanal foi adquirido de sua mãe
“Eu aprendi quase tudo o que sei com a minha mãe, cresci ouvindo os pedais das máquinas de costura e sempre fui encantada pelos tecidos, pelas cores e pelas texturas”, conta a artesã Aline Tolotti, que resolveu abrir um ateliê em meados de 2006, em sua própria casa.
Aline cresceu vendo sua mãe criando e costurando e foi ela quem iniciou a jornada da filha, passando todo o seu conhecimento na área. “Minha mãe é minha inspiração, minha referência e minha paixão”.
O nome do ateliê Na Casa dela Tinha surgiu para desvincular o nome da artesã a marca e também para associar com o seu histórico de vendas na área artesanal. “A criação da loja foi consequência do gosto das amigas, que foram encomendando minhas peças conforme eu as usava”, conta Aline que afirma não criar nada que não usaria ou que não ame e procura sempre acertar o coração de quem consegue cativar.
- Expo Cri acontece até sexta-feira em São Bernardo do Campo
- As fascinantes histórias que há por trás de 10 obras de arte famosas
- Plataforma mapeia costureiras que produzem máscaras perto de você
- Vaquinha quer comprar máquinas de costura a mães com HIV no Quênia
Ao longo dos anos, Aline fez mais cursos para aprofundar o seu conhecimento, pois acredita que aprender a costurar é algo que se faz por vontade, mas trabalhar com isso é que exige a necessidade de aprender mais tecnicamente. “Segui meu caminho me aprimorando em cursos mais técnicos, mas é minha mãe que tira qualquer dúvida minha até hoje. Ela é minha maior referência em perfeição e dedicação”.
Confecção das peças
Aline diz não seguir tendências e tudo que entende como moda está atrelado ao seu gosto pelas cores. O seu processo criativo está relacionado com o seu gosto pelos tecidos, pelo patchwork, pelas cores, pelo mundo, pelos filmes e por suas referências de amor. “Compartilhar deste meu gosto com outras pessoas é meu maior prazer”.
Todos os produtos são criados, cortados, acertados e costurados pela artesã, que faz tudo sozinha e sem apoio de equipe. “Gosto de participar de cada detalhe do processo e o cuidado permeia todo o processo de produção”, conta.
Aline procura criar uma peça e deixar as demais repetições para serem encomendadas, e assim, tornar os produtos mais exclusivos. “Prefiro ter dez peças iguais em dez estampas diferentes, do que dez repetições da mesma”, explica Aline, que seleciona e compra os tecidos pela variedade e não pela quantidade e procura criar de acordo com as sutilezas do dia a dia.
Até o momento, o ateliê possui loja virtual e Aline não pretende ter uma loja física. “Gosto de atender na minha casa, com café e boa conversa, permitindo que a cliente se sinta mais a vontade e que tenha mais liberdade para escolher e encomendar suas peças”.