Por que trabalhar mais de 39 horas por semana faz mal à saúde ?
Segundo especialistas, exceder 39 horas semanais no escritório pode ser tão nocivo quanto fumar; entenda o motivo
Em 2017, o brasileiro trabalhou, em média, 41 horas por semana em um cenário marcado por jornadas excessivas e redução dos direitos trabalhistas.
Apesar da aparente regularização do expediente, a rotina do profissional brasileiro, sobretudo nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, ainda é marcada por longas horas de trabalho, descumprimento de leis e baixo salário.
Outro fator responsável pelas jornadas sobrecarregadas é a tecnologia: em 20002, menos de 10% dos trabalhadores checavam seu e-mail fora do horário de trabalho (hoje o número chega a 50%). E se você acredita que o segredo do sucesso está nas longas horas de trabalho, está COMPLETAMENTE errado.
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Isso porque, uma pesquisa realizada pelo Medical Center da Universidade de Columbia, recentemente, comparou os males causados pelo excesso de trabalho, ao analisar mais de oito mil profissionais.
E o resultado foi: funcionários sedentários que trabalham mais de 13 horas por dia apresentavam o dobro de chance de morrer prematuramente. Ainda de acordo com a pesquisa, as consequências causadas por uma jornada excessiva equivalem aos males provocados pelo tabagismo.
Problemas cardíacos e alcoolismo
Em outra pesquisa sobre o tema, pesquisadores da University College London avaliaram 85 mil trabalhadores, em especial homens e mulheres de meia idade.
No estudo, foi possível correlacionar a alta carga de trabalho a problemas cardiovasculares. Além disso, constatou-se ainda que trabalhar mais de 55 horas semanais aumentava em 40% a chance de desenvolver arritmia cardíaca. Ainda de acordo com a pesquisa, profissionais que ficavam mais horas no escritório tinham mais sobrepeso, pressão alta e consumiam mais álcool que os demais.
Constatou-se ainda, segundo levantamento apresentado pela Australian National University que qualquer carga de trabalho, acima de 39 horas semanais, representa um risco à saúde. Ou seja: será que não está na hora de rever seus hábitos?