Rafa Brites vira coach na TV paga; Senado debate criminalização
Em meio à debate sobre criminalização do "coach" no Brasil, Rafa Brites deve estrear programa com dicas de liderança
Desde que saiu da Globo em abril de 2018, a ex-apresentadora do extinto Video Show, Rafa Brites, resolveu apostar na carreira de coach para recomeçar a vida profissional.
Em sua conta no Instagram, ela apresenta o projeto Transformando Sonhos em Realidade, onde compartilha dicas de autoliderança com seus seguidores.
Especialista em coaching, neurociência e autogestão, Rafa lembra as primeiras lições que aprendeu sobre o assunto, aos 12 anos, influenciada pelo pai. “Quando eu fiquei sem trabalhar, pensei o que poderia fazer que me desse prazer e também ajudasse os meus seguidores. Busquei a resposta no método familiar que pratico há anos, que é buscar objetivos e metas através dos sonhos”, revelou em entrevista ao Notícias da TV.
Em breve, a apresentadora compartilhará os ensinamentos de liderança no canal pago GNT, onde comandará um programa de desenvolvimento pessoal. O projeto, ainda sem nome, deve ter as primeiras gravações no fim deste ano.
Projeto pede criminalização do coach no Brasil
Apesar disso, a nova empreitada de Rafa Brittes pode estar com os dias contados. Isso porque há no Senado a sugestão de um projeto que pede a criminalização da atividade do coach.
O texto, de iniciativa popular, considera a atividade capaz de explorar a boa-fé das pessoas, uma vez que os profissionais não possuem formação necessária_permitindo assim ludibriamento dos participantes.
A proposta, idealizada pelo sergipano William Menezes, recebeu apoio de mais de 20 mil pessoas em consulta aberta realizada no portal E-Cidadania.
Com isso, foi transformada em sugestão legislativa (SUG 26/2019) e tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
A análise do texto cabe ao senador Paulo Paim (PT-RS), que ainda avalia a matéria. E, se aprovada, pode virar projeto de lei.
Ao site do Senado, o autor do texto justificou a criação do projeto. “Se tornada lei, não permitirá o charlatanismo de muitos autointitulados formados sem diploma válido. Não permitindo propagandas enganosas como: ‘reprogramação do DNA’ e ‘cura quântica’. Desrespeitando o trabalho científico e metódico de terapeutas e outros profissionais das mais variadas áreas”.
Atualmente, cerca de 70 mil pessoas trabalham na área de coaching, segundo dados da associação International Coach Federation (ICF)
Regulamentação
Por outro lado, um projeto apresentado pelo gaúcho Ronald Dennis Pantin Filho II propõe a regulamentação da profissão.
A matéria, também disponível para votação no portal e-Cidadania, leva em conta a existência da profissão desde a existência do ser humano.
E que nos últimos 40 anos coaches e mentores ajudaram milhares de brasileiros a desenvolverem suas ideias. Destaca também a relevância dos profissionais em países desenvolvidos. “Já temos em três estados da Federação, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo, o Dia do Coach, que é celebrado todo 12 de novembro. São aproximadamente 70 mil profissionais no Brasil formados por diversas escolas e sem definição de currículo mínimo ou carga horária mínima. O mesmo ocorre com o mentoring. Ambas metodologias de desenvolvimento humano são consolidadas em países como Estados Unidos, Canadá e em toda a Europa. A ideia é que tenhamos a regulamentação da profissão”, defende.
Ainda assim, a proposta superou pouco mais de 5 mil assinaturas de apoio no site do Senado_e tem até o próximo dia 5 de setembro para alcançar o número de votos que transforma a proposta em ideia legislativa.