Aulas começam muito cedo e 39% dos alunos brasileiros sofrem privação de sono
Um novo relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, afirma que a maioria dos alunos americanos do ensino fundamental e médio começa seus dias escolares muito cedo e, por isso, não dorme o suficiente para o seu desenvolvimento e o sucesso acadêmico. O documento indica que as aulas por lá deveriam começar às 8h30.
Nos EUA, as aulas, em geral, têm início às 8h. Por aqui, a maioria das escolas matutinas começa bem antes, por volta de 7h. O resultado disso, segundo pesquisa do Instituto do Sono, é que 39% das crianças e adolescentes do segundo segmento do ensino fundamental e do ensino médio vivem uma privação do sono.
— Crianças são matutinas mesmo, acordam bem cedo. Mas, na adolescência, o padrão do sono muda. Eles são mais vespertinos. Mas continuam acordando muito cedo para dar conta da escola e das novas responsabilidades — observa Gustavo Moreira, pesquisador do Instituto do Sono, da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa. — Vivemos um paradoxo, porque a maioria dos cursos do ensino médio deveria ser à tarde e não de manhã.
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Os adolescentes vêm acordando cada vez mais cedo. Mas vão dormir cada vez mais tarde. Além disso, em grandes cidades, como Rio e São Paulo, é preciso acordar ainda mais cedo para dar conta dos deslocamentos, por causa do trânsito.
Quando o assunto são as crianças, Dalva afirma que elas devem dormir mais cedo, para que possam despertar bem dispostas. O problema é que os pais chegam em casa cada vez mais tarde e as crianças querem estar acordadas.
O tempo de sono é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Sem ele, há a redução no rendimento escolar, mudanças de humor, irritabilidade, alteração da imunidade e, em casos mais graves, depressão.