Câmara de São Paulo aprova em 1ª votação Plano Municipal de Educação sem incluir termo ‘gênero’

13/08/2015 15:28 / Atualizado em 04/05/2020 17:41

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Substitutivo do Plano Municipal de Educação de São Paulo é aprovado em primeira instância.
Substitutivo do Plano Municipal de Educação de São Paulo é aprovado em primeira instância.

A família foi defendida na Câmara dos Vereadores de São Paulo contra a ameaça representada pela “ideologia” de gênero. Isso é o que acreditam os manifestantes e vereadores que protagonizaram mais um triste capítulo da educação brasileira no centro de São Paulo, na tarde de terça-feira (11/8), durante a primeira votação do Plano Municipal de Educação de São Paulo (PME).

O substitutivo aprovado por 42 votos a 2, da Comissão de Finanças, estava sem a definição de orçamento, ações de combate ao preconceito, sem a palavra “gênero”, e sem metas de redução do número de alunos por sala e por professor, presentes no documento apresentado à Câmara em 2012, discutido amplamente pela sociedade civil em mais de 2 mil encontros e aprovado pela Comissão de Educação sem alterações.

Apenas os vereadores Toninho Vespóli (PSOL) e Ricardo Young (PPS) votaram contra. A bancada do PT, que defendeu em suas falas o diálogo entre os setores que polarizavam as galerias e as ruas em frente a Câmara, votou favorável ao substitutivo. A justificativa foi que sua aprovação em primeira instância permite a apresentação de emendas e outros substitutivos até o dia 25 de agosto, quando será a realizada a votação final do PME.

Participação social

Young criticou a forma como a discussão vem sendo feita, dizendo que já está defasada. “Enquanto estivermos presos em conteudismo, em salas de aula divididas, numa educação arcaíca, estaremos atrasados”, atacou. Para ele, o conhecimento está cada vez mais em redes e “seria uma ingenuidade imensa pensar que o que está na escola não é a aprendido”. “A inteligência coletiva está em rede e a escola é uma espaço que tem que ser destinado ao pensamento crítico, ao respeito de sua capacidade de decidir e voltada para a atuação cidadã no mundo, respeitando valores como alteridade e respeito pela diferença. Lamento que a inteligência de milhares de educadores que elaboraram o plano seja limada por preconceito desta casa”, afirmou.

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