Foto de garoto trans chorando no governo do Texas viraliza
Max só tem nove anos e já está sentindo na pele as consequencias de uma sociedade intolerante à diversidade. Uma foto em que aparece sentado chorando viralizou na internet. O motivo? Está tramitando no Texas em caráter de urgência uma lei que limita os direitos individuais do uso de banheiros.
O assunto dos direitos das pessoas transgênero está em destaque na mídia norte-americana, com a recente decisão do presidente Donald Trump de proibir essas pessoas de servirem nas Forças Armadas do país.
A proposta do projeto de lei é obrigar as pessoas a usar os banheiros de acordo com o seu sexo biológico de nascimento e não com o gênero com o qual ela se identifica. Amber Briggle, mãe de Max e ativista dos direitos LGBT, postou a foto – que foi tirada em março durante um protesto contra o projeto – na sua página do Facebook.
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“Esse é o meu filho transgênero aos prantos na sede do governo do Texas. Tenho que admitir que estou cansada de proteger o meu filho dos bullies de Austin [a capital do Estado]. Isso é triste demais. Ele merece um verão tranquilo com os amigos e não ficar se preocupando com o empurra-empurra político do Legislativo texano. Não é justo. Estou muito brava”, desabafou a mãe.
O que define a transexualidade? E como ela é percebida na infância?
Em entrevista ao Catraca Livre a neuropsicóloga Ana Carolina Del Nero explicou como tudo isso ocorre na infância. (Veja a entrevista completa aqui): “é quando existe uma incongruência entre o sexo biológico (como eu nasci) e a identidade de gênero (como eu me sinto). Por exemplo, se eu nasci com uma genitália feminina, mas eu me sinto homem, eu sou um homem trans. Se eu nasci com genitália masculina, mas me sinto mulher, sou uma mulher trans. Ou seja, é sempre baseado na percepção emocional da pessoa em relação ao gênero de nascimento.
Como é algo que acredita-se que seja inato, as primeiras ‘manifestações de gênero’- como nós chamamos – a maioria dos casos é bem precoce. Este é um dado mundial: a tendência é que as crianças cheguem muito cedo a procurar atendimento, por volta de quatro ou cinco anos”.