Por mais tempo junto, pai faz balé com filha e sofre preconceito
Passar mais tempo junto com os filhos talvez seja um dos grandes desafios das famílias das grandes cidades. São as contas, o trabalho, as demandas da casa, alguns dos grandes obstáculos que se colocam no dia a dia de pais e filhos. Pensando justamente em passar mais tempo com a filha Luana, que tem nove anos, Raphael Najan, de 33 anos, decidiu acompanhá-la em uma de suas atividades extra-curriculares.
Mas, o que poderia ser visto como uma boa solução encontrada por ele para estreitar o vínculo com a filha, virou alvo de críticas e preconceito nas redes sociais. Isso pois Raphael, que é preparador físico e bailarino, decidiu acompanhar a menina em suas aulas de balé.
Após a iniciativa ter sido pauta de uma matéria do site do Estadão, ele começou a receber críticas e ofensas pelas redes sociais.
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“Eu fico pensando por que uma pessoa se dá ao trabalho de criar um perfil fake só para poder fazer esse tipo de crítica. Mas é o ser humano, né? As pessoas cobram tanto que haja mudanças na sociedade, mas elas mesmas continuam destilando preconceito”, disse Raphael em entrevista ao UOL.
De acordo com a reportagem do UOL, não foi a primeira vez que Raphael sofreu preconceito por conta da dança. Ele conta que seu próprio pai relutou muito em aceitar sua escolha profissional.
O bailarino afirma que adoraria que seu outro filho, Miguel, de seis anos, também praticasse balé, mas que acredita que a criança pode já estar influenciada pelo preconceito em relação à prática da modalidade por meninos.
“Uma vez falaram que o pai dele era bailarino e ele ficou bravo, respondeu que não, que o pai dele dançava. Fica a briga dos pais contra sociedade, contra a escola que diz que balé é coisa de menina, que se veste de rosa”.
Com informações de UOL.
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