Série infantil convida a celebrar os saberes da infância

11/04/2016 14:55 / Atualizado em 11/04/2019 18:46

Um convite para brincar, trocar, vivenciar brincadeiras, festejos populares, fazeres e saberes da infância brasileira. De criança para criança. É esta a proposta da série infantil do Projeto Território do Brincar. Duas vezes por semana, vocês poderão acompanhar episódios aqui no Catraquinha.

Idealizado e coordenado pelo casal de documentaristas especialistas na infância Renata Meirelles e David Reeks, com o apoio do Instituto Alana e coprodução da Maria Farinha Filmes, o projeto realizou uma jornada de dois anos de imersão em diversas regiões do Brasil, para estabelecer um diálogo com a criança e um vasto registro audiovisual sobre o brincar, os gestos e palavras que revelam a essência da infância.

A série foi premiada na Mostra Infantil de Florianópolis em 2014 e no Festival Comkids – Prix Jeunesse Iberoamericano de 2015.

Episódio 1

Neste primeiro episódio vamos conhecer os meninos da zona rural de Santa Maria de Jetibá (ES) e se encantar com o jeito sábio, preciso, gestual e silencioso com que fazem seus carrinhos. São crianças que não dependem de adultos para realizarem seus sonhos de brincar.

Episódio 2

O pião de tucumã é um brinquedo tradicional dos Índios Panará e pode ser feito com a semente do tucumã, uma fruta de uma palmeira típica da região amazônica ou com uma pequena cabaça. Uma vez pronto, é só puxar a linha com bastante força, sem deixar que o pião entorte para um dos lados. Ao girar, ele faz um zunido incrível, que encanta olhos, corações e ouvidos.

Episódio 3

Em Abadia (MG), as crianças fazem bonecas de um certo tufo de capim. A confecção começa pelo cabelo e o corpo vem depois, com retalhos amarrados e fitas no cabelo. Aprontadas as bonecas, é hora de organizar o altar, preparar o padre, padrinhos, pais e a água batismal.

Episódio 4


Em Araçuaí, Minas Gerais, só não vê menino brincando quem não quer. Ali o jogo de “china” (bolinha de gude) reúne as crianças sob as sombras das mangueiras para partidas disputadas e emocionantes. Só perceberá a brincadeira aquele que se sentar ao chão para brincar junto.

Episódio 5

Além dos diferentes materiais para se fazer o mesmo brinquedo (de chinelo para as crianças pomeranas do ES, palha de milho para as crianças da tribo Panará, e de casca de bananeira para os mineiros de Abadia), com a peteca pronta filha e pai brincam juntos, índio adulto brinca sozinho, e crianças mineiras brincam sozinhas. O brincar dos três é muito parecido, mas também é diferente. São materiais diferentes, e toda criança pode fazer a sua.

Episódio 6

A dança do Caboclo venta, venta, levanta fitas, joga lufadas no rosto dos brincantes. Nessa festa típica do Maranhão, diferentes gerações se encontram, num intenso diálogo de gestos e canções e têm a possibilidade de entrar em contato com os saberes e fazeres de suas culturas e comunidades.

Episódio 7

Uma gangorra que sobe, desce e gira ao mesmo tempo é diversão na certa! Tanto na comunidade de Alto Santa Maria como em Pancas (ambos no ES) é possível encontrar meninos e meninas aos gritos nessa brincadeira de vertigem. As quedas das crianças são constantes e parte do divertimento.

Episódio 8

No Rio Grande do Sul “encilhar” um cavalo e laçar um boi são motivos de muito orgulho. Mas porque não começar construindo seu próprio boi, com chifres amarrados em um cavalete com rodas e puxados por um avô paciente?

Episódio 9

No pequeno município de São Gonçalo do Rio das Pedras (MG), os meninos exploram os bambuzais em busca de material para construir os ‘estoques’. Com pequenos pedaços de bambu, um pedaço de pau e um pouco de saliva, o brinquedo está pronto. O desafio agora é acertar o alvo!

Episódio 10

As crianças da Aldeia Nasêpotiti no Território Indigena Panará tem a exuberância da Floresta Amazônica como morada. Ali eles encontram a matéria-prima necessária para construir as ‘Espingardinhas’, que depois de prontas, são utilizadas em disputas entre os meninos.

Episódio 11

Seu Tolentino mora rodeado de gigantescas rochas em uma região lindíssima. Quando criança era conhecido pelos carros que fazia para toda a turma brincar. Cresceu e foi trabalhar em uma oficina mecânica na cidade, levando seu gosto pelos carros. Quando o Território do Brincar pousou em sua casa, seus olhos se encheram de saudades. Como o corpo jamais esquece aquilo que é intensamente vivido, ele rapidamente fez um carro pro seu neto brincar.

Episódio 12

Em Acupe (BA), o elástico é feito com vários pedaços de pano amarrado. Dá para brincar com 2, 3, 4 ou mais pessoas. O corpo é o protagonista da brincadeira. São gestos cadenciados que buscam o momento exato para saltar, pisar, enroscar os pés no elástico e, depois, desvencilhar-se na espera por novos desafios.

Episódio 13

O currupio é um brinquedo que requer destreza de mãos, e isso é o que não falta ao Leandro, que mora em Abadia, no Vale do Jequitinhonha (MG). Aqui ele nos apresenta um modelo que vai além dos rodopios típicos desse brinquedo.

Episódio 14

Em Acupe (BA) as bicudas povoam o céu em batalhas constantes de capturar o vôo com as mãos. Não vai cola nem varetas, elas voam só com uma folha de caderno e uma linha de pipa.

Episódio 15

Vamos pular amarelinha? Para as meninas de São Gonçalo do Rio das Pedras (MG), uma pedrinha e um pedaço de chão liso garantem uma tarde inteira de diversão! Conheça as regras desse jogo onde a pedra percorre pelos espaços marcados pelos dias da semana.

Episódio 16

De caixas de isopor quebradas surgem, das mãos dos meninos de Tatajuba, as canoas de brincar. Esculpir, cortar e costurar – tudo na precisão exata para deixar a alma navegar.

Episódio 17

Crianças do Vale do Jequitinhonha criam e recriam no seu imaginário a intimidade e a beleza da brincadeira de casinha. Buscar o terreno, limpar, construir, enfeitar com flores e arrumar a casa. Depois é só ascender o fogo, cozinhar e provar! Qualquer semelhança com a brincadeira da sua casa, não é mera coincidência, é o brincar que se manifesta universal.

Episódio 18

O bicho papão não atormenta tanto o sono de crianças de Acupe – BA, como as caretas de papelão. Ano a ano o exercício da coragem é vivido nessa secular e intensa manifestação popular que envolve toda a cidade.

Episódio 19

Sinuquinha primorosa esta feita em casa, assim com o que há disponível. Os meninos brincam 1 contra 1: o ganhador fica e os adversários perdedores trocam

Episódio 20

Biorra é um fruto que só macaco e pássaro comem. A primeira vista parece um abacate verde novinho. A vareta tem que ser reta, é o eixo do pião. Fazer o pião não parar de rodar é o grande desafio dessa brincadeira.

Episódio 21

Sr. Paulo tem alma de criança. Seu hobbie, que preenche seu tempo e dedicação, é criar e construir lindos brinquedos de madeira e gangorras para seus netos e amigos da comunidade do Córrego da Velha de Baixo no Vale do Jequitinhonha, MG. Paulo também é fazedor de encantamentos. Preenche a vida das crianças com a magia e alegria de seus truques, mágicas, piadas e cantigas. Nesse episódio estaremos perto dele e das crianças que se deleitam com sua alma infantil. Dá vontade de pedir pra levar um brinquedo desses pra casa

Episódio 22

O jogo com pedras é tradição em diversas partes do Brasil. Em Acupe (BA), a brincadeira chama ‘Capitão’ e em cada região leva um nome diferente. Com olhar atento, meninos e meninas buscam precisão dos movimentos das mãos, para não deixar que as pedras escapem entre os dedos.

 Episódio 23

A brincadeira surge do encontro de meninos de idades diferentes e desejos iguais. O Vitor se encarregou de buscar os pauzinhos e o Luiz Fernando trouxe o caco de telha, riscaram o chão e a pista ficou pronta em menos de três minutos, já com os carrinhos (tampinhas de garrafa) a postos para a partida.

Episódio 24

As brincadeiras de palma acontecem a qualquer hora. De repente vem aquela vontade de encontrar as mãos do amigo. Vamos? De forma ritmada e alegre, o desafio de coordenar palmas, canto e brincadeira com um ou mais amigos é universal, divertido e viciante. De novo!

Episódio 25

O corpo e a força são acordados com as negras pinturas do jenipapo. A tora, a longa distância e o sol que arde, são a combinação necessária para esse desafio de meninos na Aldeia Nãsêpotiti, de índios Panará. Por fim, a água, o rio, onde toda brincadeira termina.

Episódio 26

Na belíssima região serrana do Espírito Santo, vê-se um grupo de crianças pomeranos de diferentes idades em uma brincadeira muito freqüente entre eles, que remete à máquina de fazer linguiça de porco, comida típica da região. Nessa brincadeira não há vencedores, todos participam pela alegria do uso da força.