Campanha alerta sobre ageísmo, o preconceito mais universal
#OrgulhoPrateado convida pessoas a contarem casos de discriminação de que foram vítimas
“Você já sofreu algum tipo de preconceito por ser idoso? Que tipo? Onde? Deixe-nos o seu relato. É importante se fazer escutado. Só assim conseguiremos melhorar como sociedade.” É convidando os 60+ a darem seu depoimento que a USP Aberta à Terceira Idade lança hoje (dia 28) a campanha #OrgulhoPrateado, que busca jogar luz sobre o ageísmo.
Catraca Livre criou o projeto Causando, apoiado pelo Carrefour, para mostrar como as marcas desenvolvem e assumem causas.
“O preconceito pela idade é o mais universal, pois afetará a todos que envelhecem, seja qual for o gênero, a raça, a orientação sexual e a classe social”, afirma o médico e professor Egidio Lima Dórea, membro da comissão de direitos humanos da Universidade de São Paulo (USP).
As peças de #OrgulhoPrateado mostram duas mãos uma com as marcas do tempo e outra jovem. Elas são circundadas por alguns mitos do envelhecimento que, segundo a Organização Mundial de Saúde, fomentam o preconceito e que precisam ser combatidos:
- A de que existe um idoso típico;
- A diversidade do idoso é aleatória;
- Todo idoso é dependente;
- 70 é o novo 60;
- Boa saúde é ausência de doença;
- Gastos com população idosa não são um investimento;
- Aposentadoria mandatória pela idade ajuda a criar empregos para jovens.
Segundo Dórea, “uma das formas de conscientizarmos e combatermos o ageísmo é registrar os depoimentos para verificar em que situações ele ocorre mais frequentemente e de que forma ele se manifesta”. Com isso, diz, “teremos dados que nos permitirão tomar atitudes mais direcionadas”.
Combate ao ageísmo
A educação e o contato entre as diferentes gerações “são as medidas mais efetivas para refletir sobre o processo de envelhecimento e a velhice de forma positiva, despertando o respeito e fortalecimento de vínculos”, considera.
#OrgulhoPrateado tem parceria com a Liga Solidária e a Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. Paralelamente, dois simpósios gratuitos discutirão o ageísmo: dia 30, no Centro Universitário Maria Antonia, e dia 31, na Unibes.