Experimento choca ao mostrar preconceito no mercado de trabalho
Após trocarem seus nomes, profissionais renomados não conseguem sequer uma entrevista de emprego
Para mostrar o preconceito no mercado de trabalho, uma universidade e uma agência de publicidade fizeram um experimento. Chamaram os profissionais mais renomados em suas áreas, trocaram seus nomes e enviaram seus currículos para 52 vagas.
Catraca Livre criou o projeto Causando, apoiado pelo Carrefour, para mostrar como as marcas desenvolvem e assumem causas.
Absolutamente nenhum deles foi chamado. Não foram contatados nem mesmo para entrevista.
Por quê? Para a Diak (Diaconia University of Applied Science) e a agência TBWA\Helsinki, que realizaram a experiência na Finlândia, a resposta está nos nomes escolhidos: típicos de ciganos.
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“Os ciganos são a minoria mais discriminada da Finlândia”, informa o vídeo, que traz o passo a passo do experimento. Muitos estão mudando seus nomes para vencer o preconceito no mercado de trabalho e conseguir uma oportunidade.
Para fazer com que a maioria encarasse essa realidade, foram convidados para a experiência alguns experts: um guru de negócios, uma personalidade de TV, uma chefe de cozinha e um colunista. Todos renomados em suas áreas de atuação.
“Eu sabia que isso aconteceria. Mas, agora que aconteceu, isso realmente fere”, disse o colunista, referindo-se à falta de contato das empresas que receberam seu currículo.
A chefe de cozinha questionou: “Se você nem sequer consegue uma entrevista, como pode mostrar suas habilidades e seus talentos?”.
A experiência foi divulgada, ganhou as páginas de jornais e repercutiu nas redes sociais. Diante da denúncia, os empregadores resolveram agir para mudar o sistema.
Algumas empresas resolveram tirar a necessidade de informar nome, idade e gênero de suas seleções. Ou seja, adotaram um recrutamento anônimo.
O governo também incluiu a seleção sem nome em seu programa de reformas para combater o preconceito no mercado de trabalho.