Último fim de semana do FILE

A região da avenida Paulista se transformar numa grande experiência  interativa. Para começar tem o “Omnibusonia Paulista”, do brasileiro Vanderlei Lucentini, um ônibus que circula com uma sinfonia inédita criada especialmente para o local. Este é um dos trabalhos que o FILE  (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) traz na edição deste ano.

O festival também apresenta mais duas novidades: FILE PRIX LUX e FILE PAI. Ambos mostram trabalhos inéditos de artistas de várias partes do mundo. A programação fica em cartaz até o dia 29 de agosto e tem entrada Catraca Livre.

Arte pública interativa é a proposta visionária do FILE PAI, que se apropria da avenida mais famosa da cidade, a Paulista. Projeções interativas de um estilingue digital e de Tom e Jerry; um cubo instalado no vão livre do Masp mostra que compreensão do infinito é possível, entre muitas outras atrações. Tudo acontece na rua: dos metrôs aos prédios, uma ideia futurista de interagir com a cidade que se torna realidade.

Um dos primeiros prêmios brasileiros de abrangência internacional, o FILE PRIX LUX exibe trabalhos dos profissionais selecionados.  O objetivo foi valorizar iniciativas que unam linguagens eletrônicas e digitais. Destaque para os brasileiros Vanderlei Lucentini e Raquel Kogan.

Raquel traz a instalação interativa “Reler”, uma prateleira de madeira com 50 livros, semelhante a uma biblioteca. Todos os exemplares aparentemente são iguais uns aos outros, mesma cor e mesmo tamanho, identificados unicamente por um número dourado estampado na sua lombada. Mas não são livros comuns. São livros para serem ouvidos e não lidos.

Na unidade do Sesi da Paulista, o público pode conferir os primeiros colocados, como por exemplo o artista venezuelano Ernesto Klar, com sua obra “Luzes Relacionais”. O espectador poderá manipular a luz com os movimentos do seu corpo.

Um trabalho que promete chamar a atenção do público é a do americano  Kurt Hentschläger . “ZEE” propõe um estado de “tábula rasa”, em que a estrutura perceptiva das pessoas é recalibrada. O espectador entra em um espaço ocupado por uma neblina extremamente densa, de forma que os limites, paredes e o teto permanecem sempre obscuros. A impressão visual central de “ZEE” é a de uma arquitetura de pura luz, fazendo com que a pessoa perca a noção de espaço.

Arte e tecnologia de ponta ao alcance de todos. O FILE chega mais uma vez para provar que o conceito de arte no século XXI não se limita mais somente à estética, mas também a ludicidade, onde não somos apenas contempladores, mas sim uma extensão de cada obra.

Por Redação