A metaformose em São Paulo
Texto de Ana Claudia Machado, do blog Fazendo História em São Paulo.
Alguém já passou uma hora dentro de um ônibus sem ele andar nenhum centímetro? Pois hoje eu tive o (des)prazer de vivenciar esse drama. Avenida Jabaquara travada, o metrô de portas fechadas e uma multidão nos pontos. Por incrível que pareça, eu não estava em um ônibus lotado.
Aliás, deixa eu explicar melhor: como ele não se movia, as pessoas começaram a desistir de ficar lá dentro. Cansado, o motorista deixou as portas abertas e desligou o motor. Assim, o que era uma avenida de mão dupla foi ganhando ares de estacionamento.
Sentada em um banco reservado aos idosos, dava para observar os poucos passageiros que insistiam na esperança de chegar aos seus destinos. Confesso que eu também tinha esperança nisso. Éramos quase 20 e algo nos fazia acreditar que depois de uma hora aquele ônibus com estofado rasgado conseguiria sair do lugar. Quanta ingenuidade.
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Lá fora, o vai e vem era quase infinito. As pessoas pareciam perdidas. Quase não havia mais espaço nas calçadas para tanta gente. Uma breve olhada e constatei que mais da metade falava ao celular. Clique aqui e leia mais.