Abaixo-assinado exige cobertura da imprensa e tenta impedir a morte de tribo guarani-kaiowá

Intenção é que governo e “grande mídia” se atentem para o caso, que chegou ao ápice depois da carta-testamento de 170 indígenas

25/10/2012 13:10 / Atualizado em 04/05/2020 11:13

Segundo dados divulgados pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), de 2003 a 2012 foram assassinados 250 índios no Mato Grosso do Sul. De cada dez tentativas de assassinato no país, seis são nesse estado. Entre a etnia dos guarani-kaiowá, a maior população indígena do Brasil, o que assusta é o número de suicídios. Entre 2003 e 2012 foram 176 casos, diante de outros 30 entre indígenas no resto do país.

De acordo com uma decisão da Justiça Federal, uma tribo de 170 índios guarani-kaiowá foi condenada a sair do local onde vive, no município de Iguatemi, Mato Grosso do Sul. Em uma carta-testamento ditada por eles no dia 8 de outubro, os indígenas afirmam que, diante da obrigação de sair das terras onde nasceram, preferiam morrer e serem enterrados no local.

 Embora muitas matérias já tenham sido feitas sobre a situação da região, as informações recentes, principalmente quanto à fatídica carta, só chegaram à população por via de redes sociais e da blogosfera. Questionando um possível motivo pelo qual o tema não interessa à “grande mídia”, um grupo resolveu criar um abaixo-assinado pedindo a “cobertura da mídia sobre o caso e ação urgente do governo Dilma e do governador André Puccinelli, para que impeçam tais matanças.”

Objetivo do abaixo-assinado é evitar mais mortes
Objetivo do abaixo-assinado é evitar mais mortes