Abraham Weintraub deixa cargo de Ministro da Educação
Ele aproveitou seus últimos dias para deixar um legado digno do bolsonarismo: o preconceito e o racismo
Abraham Weintraub não é mais ministro da Educação. Ele anunciou sua saída do governo Bolsonaro, na tarde quinta-feira, 18, por meio de um vídeo em que aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O nome do substituto ainda não foi informado, segundo o plantão da TV Globo. No vídeo, ele confirmou que a informação de que o governo pretende indicá-lo para o Banco Mundial, em Washington. No Banco Mundial, o Brasil lidera um grupo de nove países e é o maior acionista.
“Sim, desta vez é verdade. Eu estou saindo do MEC e vou começar a transição agora. Nos próximos dias, eu passo o bastão para o ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo”, disse na gravação.
Apesar disso, Weintraub não quis falar abertamente sobre os motivos de sua demissão: “Neste momento, eu não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe. O importante é dizer que eu recebi o convite para ser diretor de um banco. Já fui diretor de um banco no passado. Volto ao mesmo cargo, porém no Banco Mundial”.
Weintraub assumiu o cargo em abril de 2019, ficando no posto por um ano e dois meses. Ele assumiu o posto de Ricardo Vélez Rodríguez e acumulou desafetos e disputas públicas com diversos grupos sociais – entre eles, a comunidade judaica e a representação da China no Brasil.
Horas antes de anunciar sua saída do cargo, Weintraub fez sua última ‘colaboração’ para o governo bolsonarista – conhecido por tanto racismo e preconceito: revogou uma portaria de 2016 que determinava cotas para negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação nas universidades e institutos federais, o que inclui programas de mestrado e doutorado.