Ação usa bolas para representar desigualdade de gênero no esporte
A desigualdade de gênero está presente em todos os setores da sociedade. E no esporte isso não é diferente. Para encerrar as ações do Mês da Mulher, a espnW lançou nesta quinta-feira, dia 29, uma campanha que ilustra as diferenças entre homens e mulheres no esporte.
O objetivo é mostrar a discrepância de investimentos, premiações e salários em diversas modalidades. A ação, intitulada “Inequality Balls”, usa bolas de basquete, futebol, handebol e vôlei para representar visualmente o problema. Cada bola está pintada proporcionalmente em rosa e azul, evidenciando as diferenças.
Participam da ação atletas ícones do esporte nacional, como Jaqueline e Camila Brait, do vôlei, e Janeth, do basquete. O projeto é idealizado pela Agência Africa e desenvolvido em parceria com a Penalty e a Netshoes.
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O projeto surgiu em resposta à pesquisa produzida pelo jornal britânico Sporting Intelligence que, em 2017, analisou a remuneração de 465 times de 29 ligas, em 16 países e 9 modalidades diferentes e evidenciou que a disparidade está presente em todos os esportes.
De acordo com dados da pesquisa, no basquete, uma jogadora ganha até 96 vezes menos do que um jogador de mesmo nível técnico. Já no futebol, as bolas chamam atenção para o fato de que a média salarial de um único jogador é maior do que a média de um time inteiro com vinte atletas de futebol feminino.
A linha de bolas mostra que esse abismo também está no handebol: o ganho médio das jogadoras que praticam a modalidade na Europa não passa de 34 mil dólares, enquanto os homens possuem médias salariais que superam a casa dos milhões. Mesmo em esportes como o tênis, em que o assunto é amplamente discutido há décadas, alguns torneios ainda apresentam grandes diferenças.
No site da iniciativa, é possível comprar as bolas e contribuir para a igualdade no esporte.
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