Ações na cracolândia completam três meses com 446 pessoas detidas

A operação da Prefeitura de São Paulo não acabou com o comércio e o consumo de drogas na região

Praça Princesa Isabel, na região central de São Paulo

A operação policial na região da cracolândia, no centro de São Paulo, completa três meses nesta segunda-feira, dia 21, após ter recebido uma série de críticas. Desde então, 381 pessoas foram detidas e 65 jovens foram apreendidos por envolvimento com o tráfico de drogas, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Ao contrário do efeito prometido pela gestão, as operações não acabaram com o comércio e o consumo de drogas entre os dependentes químicos. De acordo com os dados divulgados, a polícia apreendeu 18 armas, 96 facas e 311,3 kg de drogas entre 21 de maio e 18 de agosto.

Os usuários fizeram algumas migrações pelas vias da região. Eles costumavam ficar na Rua Dino Bueno com a Rua Helvétia; depois se deslocaram para a Praça Princesa Isabel. Em junho, tomaram a Alameda Cleveland e, atualmente, se concentram na Praça Júlio Prestes.

Em suas declarações, o prefeito João Doria chegou a falar sobre o possível “fim da Cracolândia”. À época das ações, ele anunciou a extinção do “Braços Abertos”, criado por Fernando Haddad (PT), e o início do “Redenção”, programa de combate ao uso de drogas e recuperação dos dependentes.

Nos últimos meses, agentes e segurança e usuários entraram em confronto em várias ocasiões, com o uso de bombas de efeito moral e balas de borracha. O último caso registrado foi no dia 14 deste mês, durante operação de limpeza na área feita pela Prefeitura, mas sem detidos e feridos.

Até o dia 14 de agosto, os assistentes sociais da Prefeitura abordaram e atenderam 142,3 mil pessoas, conforme informou o levantamento da gestão atual. Deste número, 1.377 foram encaminhadas para internações voluntárias.

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