Advogado é preso após chamar funcionária de mercado de ‘preta fedorenta’
Ele entrou no estabelecimento sem máscara e se ofendeu por ter sido repreendido
Na última quarta-feira, 15, o advogado Everardo Braga Lopes, 60 anos, entrou em um supermercado do Distrito Federal sem máscara. Ao ser orientado a colocá-la, começou uma confusão que culminou com a prisão de Braga Lopes por lesão corporal e injúria racial.
Imagens das câmeras de vigilância registraram as ofensas.
A vítima, uma mulher de 25 anos que trabalha como fiscal de caixa, foi chamada de “preta”, “fedorenta” e, segundo testemunhas, ele esfregava os braços em referência a cor da pela da jovem.
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Em outro momento, Braga Lopes teria puxado a máscara da jovem que estava no caixa e dito que ela tinha “focinho feio”, “bafo” e “dente podre”.
Ele também reclamou de alteração dos preços de produtos da loja.
Para a polícia, o advogado disse que chamou a jovem de “Fiona”, de “boca preta” e de “vagabunda”, mas que não foi um ato de racismo.
Como denunciar racismo
Casos como esses estão longe de serem raros no Brasil. Para que eles diminuam, é fundamental que o criminoso seja denunciado, já que racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89. Muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.