Aguinaldo Silva critica Bolsonaro por suspender edital de séries LGBT
O governo publicou nesta quarta-feira, 21, uma portaria que suspende o processo de seleção para produções com a temática de "diversidade de gênero"
O dramaturgo Aguinaldo Silva criticou o governo de Jair Bolsonaro (PSL) por suspender um edital público para a seleção de produções audiovisuais com a temática “diversidade de gênero” para a televisão.
Pelo Twitter, o autor comparou a medida do governo com a perseguição a gays na década de 1970, período da Ditadura Militar. “Nós, gays e etc., teremos que nos esconder ou então correr da polícia de novo como acontecia na década de 70? É o que parece”, escreveu o autor na manhã desta quarta-feira, 21.
No entanto, pouco tempo depois, ele apagou o tuíte, sem justificar o motivo.
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Suspensão de séries LGBT
O governo suspendeu o processo de seleção para séries de temática LGBT pré-selecionadas em um edital para TVs públicas. A portaria, assinada pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 21.
Segundo a decisão, o edital ficará suspenso pelo prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado por igual período. A justificativa dada é a “necessidade de recompor os membros do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual – CGFSA”.
Ainda de acordo com a portaria, depois da definição da nova composição do grupo, será “determinada a revisão dos critérios e diretrizes para a aplicação dos recursos do FSA, bem como que sejam avaliados os critérios de apresentação de propostas de projeto”.
Na última quinta-feira, 15, Bolsonaro atacou, durante um pronunciamento ao vivo nas redes sociais, quatro das produções finalistas do edital “RDE/FSA PRODAV” que concorriam pelas categorias “diversidade de gênero” e “sexualidade”.
A seleção foi lançada em 13 de março de 2018 e tem um orçamento total de R$ 70 milhões, provenientes do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
O programa é realizado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com participação da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).