Ainda infectado, Trump deixa hospital e retira máscara na volta à Casa Branca
Presidente americano passou três dias internado para tratar da infecção por coronavírus
O presidente dos EUA, Donald Trump, deixou na noite desta segunda-feira, 5, o hospital em que estava internado em Maryland para se tratar da covid-19. Ainda infectado, Trump tirou a máscara ao chegar à Casa Branca, em Washington, e minimizou a doença.
“Eu aprendi muito sobre o coronavírus, e uma coisa é certa: não deixe que ele o domine, não tenha medo dele”, disse Trump ao deixar o Centro Médico Nacional Walter Reed, em Bethesda, onde estava internado desde sexta-feira, 2.
“Não deixe que domine a sua vida. Vá para fora, seja cuidadoso”, concluiu.
Trump disse afirmou ainda que poderia ter deixado o hospital dois dias atrás e que “talvez esteja imune”. Entretanto, a equipe médica que tratou o presidente americano afirmou que, embora tenha sido liberado do hospital, ele ainda não está fora de perigo e vai continuar recebendo tratamento.
Ao chegar na Casa Branca, Trump retirou a máscara de proteção colocando em risco seus assessores. A cena foi registrada ao vivo pela ABC, CBS e NBC, os três mais importantes canais de TV dos EUA.
Trump fez tratamento experimental
Donald Trump foi submetido a um tratamento com o antiviral remdesivir, um remédio experimental contra a covid-19.
Esse remédio foi originalmente desenvolvido para tratar o ebola e vírus respiratórios comuns e teve o uso emergencial autorizado pela Food and Drug Administration, agência americana equivalente à Anvisa no Brasil, após demonstrar bons resultados em testes em pacientes com a covid-19.
O estudo analisado pelo FDA foi realizado pelo Instituto Nacional Americano de Saúde (NIH, na sigla em inglês) com 1.063 pessoas hospitalizadas nos EUA, na Europa e na Ásia.
A pesquisa indicou que os pacientes tratados com o remdevisir se recuperavam cerca de quatro dias antes que os aqueles que usavam um placebo, uma substância sem efeito algum.
Além do remdevir, o tratamento de Trump também inclui ainda doses de zinco, vitamina D, famotidina, melatonina e aspirina.
Na lista de medicamentos do presidente, no entanto, não constam cloroquina e hidroxicloroquina, drogas defendidas por ele ao longo desses meses de pandemia.