“Como podemos melhorar se vivemos um momento tão crítico de políticas públicas aqui em Fortaleza?”. Esse era o principal questionamento da diretora do Café Teatro das Marias, Valéria Pinheiro, quando decidiu criar o projeto “Mutirão da Transformação”. A iniciativa é uma tentativa de melhorar o visual desse ponto de cultura, usando pouco dinheiro e muita criatividade.

Com nove anos de existência, o Teatro das Marias promove atrações artísticas em dois principais eixos – de formação e de difusão. “No primeiro, temos atividades como oficinas de circo, de dança e de sapateado; no segundo, divulgamos os trabalhos de coletivos residentes (Cia. Vatá, Grupo Fuzuê, Cia dos Pés Grandes, Cia Catirina e Coletivo Lonja). Também atendemos as demandas artísticas da própria cidade, promovendo shows de bandas da capital e de outras cidades do Ceará”, explica.

Transformações

O espaço decidiu tomar uma atitude radical para continuar com as portas abertas.  “Percebemos que  para continuar com esse trabalho temos que melhorar o visual e as acomodações do espaço. A gente quer continuar atendendo às necessidades artísticas da cidade”, comenta a diretora.

O “Mutirão da Transformação” pretende criar uma rede colaborativa para mudar as instalações do espaço. Na primeira parte da iniciativa, arquitetos e artistas com várias habilidades criaram diferentes projetos para o teatro.

Na segunda etapa, o centro cultural está recolhendo doações dos materiais requisitados por esses profissionais. Ainda é possível contribuir com a ação. Para conhecer as necessidades do ponto de cultura, basta acessar a página do Café Teatro de Marias no Facebook.

A última fase da ação, ainda sem data definida, deve acontecer no começo de junho. As pessoas interessadas em ajudar devem oferecem suas habilidades para colocar as transformações previstas em andamento.

Durante todo esse processo, o pessoal do espaço está registrando os esforços dessa rede colaborativa em um documentário, que será disponibilizado na internet.  “Gostaríamos que a nossa iniciativa incentivasse outros teatros e espaços culturais sem dinheiro a fazer o mesmo. A gente tem força para mudar o mundo com pequenas ações”, conclui.