Alexandre de Moraes chamou bolsonaristas de criminosos?

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se pronunciou sobre os atos antidemocráticos contestando os resultados das eleições de 2022

03/11/2022 16:07

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse nesta quinta-feira, 3, que “não há como se contestar resultado democraticamente divulgado com movimentos ilícitos e movimentos antidemocráticos”.

Alexandre de Moraes chamou bolsonaristas de criminosos?
Alexandre de Moraes chamou bolsonaristas de criminosos? - Wilson Dias/Agência Brasil

“Movimentos criminosos que serão combatidos e os responsáveis serão responsabilizados na forma da lei. A democracia venceu novamente no Brasil. Aqueles que criminosamente não estão aceitando a democracia serão tratados como criminosos e as responsabilidades serão apuradas”, falou Moraes ao final da sessão.

Desde a última segunda-feira, 31 de outubro, existem bloqueios nas estradas promovidos por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesta quarta-feira, 2, Bolsonaro publicou vídeos em redes sociais solicitando o desbloqueio das vias. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), alguns pontos de bloqueio foram desmobilizados.

Ainda na sessão, Moraes agradeceu o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, pela parceria nas eleições.

“Um grande parceiro da Justiça Eleitoral e da democracia. Imediatamente, ao vislumbrar movimentos antidemocráticos com bloqueios criminosos nas estradas, pediu providências. Os pedidos foram juntados em ação sobre o assunto no STF e serviu de base para decisões para que houve a normalização”, afirmou.

Moraes aproveitou também para lembrar que antes das 20h no domingo de eleições, o tribunal proclamou o resultado.

“As eleições acabaram, o segundo turno acabou democraticamente no último domingo. O TSE proclamou o vencedor, o vencedor será diplomado até dia 19 de dezembro e tomará posse em 1º de janeiro de 2023. Isso é democracia, isso é alternância de poder, isso é estado republicano”, afirmou o presidente do TSE.