Alexandre Garcia mostra não saber o que é assédio
Jornalista comentou um post sobre a criminalização do assédio e causou polêmicas na rede
Ao responder um tweet da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que destacava a criminalização do assédio, o jornalista Alexandre Garcia mostrou desconhecer o que é assédio e a importância do termo para a proteção das mulheres, principalmente durante o Carnaval.
“Fico pensando na perplexidade dos foliões, entre dois estímulos: primeiro, distribuem camisinhas; depois, alertam que assédio é crime”, comentou o jornalista.
Fico pensando na perplexidade dos foliões, entre dois estímulos: primeiro, distribuem camisinhas; depois, alertam que assédio é crime.
— Alexandre Garcia (@alexandregarcia) March 2, 2019
Vale destacar que as duas situações pontuadas em sua fala são distintas. A distribuição de camisinhas é essencial para a proteção do folião contra doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez. Já o assédio, não pode ser confundido com a paquera. O preservativo deve ser usado quando houver consentimento em uma relação sexual.
Ou seja, uma mulher pode beijar ou transar, desde que deseje fazer isso. Se acontecer de forma forçada, como quando um cara puxa ou agarra, é assédio. Por vezes, inclusive, chegando até a uma tentativa de estupro.
Algumas internautas também responderam ao jornalista explicando o significado do termo. Veja:
Alexandre, boa tarde. As pessoas são livres para transar, se relacionar, beijar na boca. O problema é o ato sem consentimento. Que pode ser assédio ou estupro. Espero ter ajudado.
— Aloe (@vera) March 2, 2019
Acho que a camisinha é para ser usada em caso onde houver consenso né?! Interesse mútuo. Não em assédio.
— Estella with an E 🐊🏴🚩 (@EstellaCampos) March 2, 2019
O Carnaval deste ano, como destaca o post da Polícia Militar, é o primeiro em que a Lei 13.718 de importunação sexual será aplicada. Com isso, cantadas inapropriadas, insistentes e degradantes, passando por condutas como apalpar, encoxar e até casos de ejaculação, a partir de agora, podem ser enquadradas como crime.
A medida foi impulsionada pela recorrência destas situações no cotidiano e pela incapacidade da legislação anterior de abarca estes casos como violência sexual.