Alunas lançam abaixo-assinado após colégio proibir uso de short curto
Com informações da Folha de S.Paulo
Alunas do Colégio Rio Branco, um dos mais tradicionais de São Paulo, acusam a direção da escola de proibi-las de usarem shorts sob a justificativa de que atrairiam “olhares masculinos”. Para protestar contra a decisão, o grupo criou um abaixo-assinado na internet, intitulado “Liberdade aos Shortinhos“, que já tem cerca de 800 assinaturas.
As jovens afirmam que foram “obrigadas a comprar uma calça” e “sofrer em silêncio com o calor do verão”. No entanto, em entrevista à colunista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, a diretora-geral do colégio, Esther Carvalho, disse que as alunas estão usando bermudas que fazem parte do uniforme com número menor para ficarem mais curtas.
“Falamos: ‘Gente, os shorts estão curtos demais’. Elas não querem usar bermuda do tamanho correto porque falam que é brega”, rebateu a diretora. “São duas coisas importantes: uma é código de vestimenta e contexto, outra é uma discussão mais complexa, sobre preconceito, tolerância, feminismo, machismo”, completou ela.
- Microsoft abre curso gratuito para mulheres; saiba como se inscrever
- AVC: saiba como prevenir e identificar os sinais de alerta
- Senai oferta mais de 5 mil vagas em cursos gratuitos
- Como a vitamina D pode impactar a depressão e a ansiedade
Esther Carvalho afirmou ainda que “também tem calor”, mas que a “vida é assim, tem regra”. Ela ressaltou que a acusação de que as alunas não têm condição de uma comprar uma calça não é válida: “A maioria da população do colégio é abastada. Não é essa a questão”.
No abaixo-assinado, as estudantes querem “reivindicar direitos de liberdade de escolha e expressão, para conseguir acabar com as restrições direcionadas somente às mulheres”. “É claro que, para eles [direção], é bem mais sensato nos fazer passar calor, do que culpar os meninos que não querem controlar seus hormônios, nem quando estamos usando calças”, diz o texto das jovens.