Após agressões, Haddad afirma que taxistas podem perder alvará; polícia apreende facas e canivetes em blitz

Blitz realizada na última quarta-feira apreende facas e canivetes com taxistas

As ruas de São Paulo vivem um clima de guerra mais que declarado: de um lado taxistas indignados prontos para atacar em nome do próprio mercado, do outro, motoristas do aplicativo Uber, perseguidos por um oferecer um serviço inovador e acusados de desleal concorrência. Neste cenário, trava-se a batalha com direito a ameaças, emboscadas, facas, canivetes e muito mais.

Desde que o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi de SP (Simtetaxis), Antônio Matias dos Santos, anunciou por meio de vídeo que a “palhaçada” tinha acabado e que “agora é cacete“, uma verdadeira caça aos automóveis pretos, cor de identificação do Uber, se deu em diversos endereços da capital paulista.

Em áudios trocados entre taxistas, mensagens revelavam o tom da guerra em meio ao incentivo à violência e até promessas de “queimar” carros pretos.

Não é só em São Paulo que os ânimos se acirraram. Foto registra ataque de taxistas franceses contra Uber

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo nesta quarta-feira, 3, que taxistas envolvidos em casos de agressão podem perder o alvará concedido . E vai além, segundo o prefeito, se comprovada a participação de taxistas em situações semelhantes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 11 motoristas do Uber prestaram depoimento nos últimos dias para relatar agressões.

Polícia encontra facas e canivetes

Operação realizada Polícia Civil na última quarta-feira, 3, com o objetivo de revistar táxis e veículos do Uber, cuja proposta era flagrar armas de fogo, armas branca e outros objetos, flagrou ao menos quatro taxistas armados com facas e canivetes em seus veículos.

A blitz, que contou com a participação do secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, que em entrevista justificou. “É garantir que não haja baderna entre eles. Garantir que haja tranquilidade para a população e para os turistas que vêm para a cidade durante o Carnaval”.