Após denúncia de assédio sexual, Pedro Guimarães é acusado de assédio moral

Funcionários relataram sob a condição de anonimato que Pedro Guimarães os ofendia e chegava os obrigar a comer comida cheia de pimenta

30/06/2022 19:11

Após ser denunciado por assédio sexual, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, também é acusado de assédio moral contra funcionários do banco estatal. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles.

Após denúncia de assédio sexual, Pedro Guimarães é acusado de assédio moral
Após denúncia de assédio sexual, Pedro Guimarães é acusado de assédio moral - Agência Brasil/Marcelo Camargo

Funcionários relataram sob a condição de anonimato que Pedro Guimarães os ofendia e quando era contrariado, afirmava que todos tinham que “se f.” e mandava “todo mundo tomar no c.”.

“Caguei para a opinião de vocês, porque eu que mando. Não estou perguntando. Isso aqui não é uma democracia, é a minha decisão”, disse Guimarães durante uma reunião.

Há relatos que Pedro Guimarães colocava pimenta na comida dos funcionários, especialmente em jantares durantes viagens de trabalho. “Quanto mais você chora e passa mal, mais ele ri. Ele é bem sádico. Em toda refeição de trabalho com ele tinha pimenta no prato de alguém”, revelou a funcionária.

Ainda segundo os funcionários, Pedro Guimarães, tinha ataques de fúria. Ele chegou a socar uma televisão, danificar computadores e jogou um celular corporativo na parede, na frente de funcionários.

Investigações e saída da Caixa

Pedro Guimarães passou a ser investigado pelo Ministério Público Federal após acusações de assédio sexual feitas por funcionárias. Os casos foram revelados na última terça-feira, 28 e, no fim do dia 29, Guimarães deixou o comando da Caixa Econômica Federal.

Em uma carta, Pedro Guimarães classificou as acusações como “injustas”. “A partir de uma avalanche de notícias e informações equivocadas, minha esposa, meus dois filhos, meu casamento de 18 anos e eu fomos atingidos por diversas acusações feitas antes que se possa contrapor um mínimo de argumentos de defesa. É uma situação cruel, injusta, desigual e que será corrigida na hora certa com a força da verdade”, disse em nota.