Após mamaço, hospital anuncia criação de sala para ordenha e armazenamento de leite materno
O desabafo de uma mãe nas redes sociais provocou uma decisão inédita do Hospital Santa Catarina, localizado na região central de São Paulo. A empreendedora Joana Ciampolini reclamou que havia sido proibida de dar seu leite ao filho de dois meses internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital. O caso provocou um mamaço no local e a unidade de saúde resolveu criar um espaço para que as mães possam retirar e armazenar leite para seus bebês.
O filho de Joana, que sempre foi amamentado, está entubado e sendo alimentado através de sonda. A mãe, que foi impedida de dar seu leite ao filho, segundo os médicos, por risco de contaminação, teve que autorizar o hospital a oferecer leite de fórmula infantil ao bebê.
A reclamação resultou em um protesto na porta da unidade de saúde, organizado pela Casa da Borboleta – espaço que apoia o parto, a amamentação e mulheres vítimas de violência doméstica. O mamaço repercutiu e o hospital decidiu criar um espaço para que as mulheres possam extrair leite e continuar a produção.
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Desde o fechamento da maternidade, em 2014, os bebês internados na UTI do Hospital Santa Catarina que estão sedados ou com ventilação mecânica, são alimentados com fórmulas infantis. Entretanto, o hospital diz entender a importância do aleitamento materno e alega que um espaço para coleta de leite já estava nos planos da unidade de saúde.
A sala apropriada para a ordenha e armazenamento de leite materno ficará pronta em seis meses, prazo estimado para atender às exigências da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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