Após protestos, Polônia rejeita proibição total do aborto
Diante dos últimos protestos, o vice-primeiro-ministro da Polônia, Jaroslaw Gowin, afirmou nesta quarta-feira, dia 5, que o parlamento rejeitou a proibição total do aborto no país.
Em entrevista à “rádio Koszalin”, ele disse que não será aprovado o projeto de lei que proíbe o aborto “nos casos em que a mulher seja vítima de estupro ou quando sua vida ou sua saúde correrem perigo”.
Já o presidente do Senado, Stanislaw Karczewski, garantiu também nesta quarta que “serão levados em conta os protestos de segunda-feira passada” e informou que a comissão sobre o projeto de lei não iniciará sua atividade por enquanto.
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Um projeto de iniciativa popular, com 500 mil assinaturas, procura proibir totalmente o aborto na Polônia e inclui penas de prisão para as mulheres que interromperem a gravidez voluntariamente. Para lutar contra a medida, milhares de mulheres tomaram as ruas do país na última segunda-feira, dia 3.
O aborto na Polônia só é permitido em casos restritos, como quando há risco para o bebê e a mãe, ou quando a gravidez é decorrente de estupro ou incesto. O país, de maioria católica, tem uma das leis mais restritivas da Europa. Resultado disso, estimativas apontam que há muito mais abortos ilegais do que legais — entre 10 mil e 150 mil, contra mil ou 2 mil procedimentos oficiais.