Após sofrer tentativa de estupro, aluna da USP recebe novas ameaças

A jovem foi atacada no dia 8 de agosto de 2014 perto do prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)

Em 2014, a estudante de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), Luísa Cruz, de 25 anos, foi vítima de uma tentativa de estupro no campus Butantã, na zona oeste da capital paulista. Agora, após um ano do caso, ela recebeu uma nova ameaça em bilhete anônimo neste domingo (1). A jovem registrou boletim de ocorrência no 14º Distrito Policial (Pinheiros).

Na mensagem, havia a frase: “Sei onde está”. O recado foi deixado na caixa de correio da casa de um colega onde ela estava hospedada. De acordo com informações do ‘Estadão‘, assim que voltou a receber novas ameaças no último mês, a aluna disse que não se sente segura para ficar na própria residência. No entanto, o bilhete deixa evidente que o perseguidor sabia da nova rotina de Luísa.

Em 2014, a estudante foi vítima de uma tentativa de estupro no campus

No dia 8 de agosto de 2014, a jovem foi atacada perto do prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). O homem segurou a estudante pelo pescoço e a forçou a entrar no próprio carro. Enquanto dizia “eu te avisei”, ele tentou abrir a calça dela. A vítima só conseguiu se salvar ao acionar a buzina do veículo com o joelho. O agressor bateu sua cabeça fortemente na porta do passageiro e fugiu sem que ela pudesse ver seu rosto.

O caso permaneceu sem solução e, segundo relato nas redes sociais, Luísa se viu desamparada mesmo com todos os pedidos de ajuda. Antes da tentativa de violência sexual, ela já havia sido alvo de bilhetes anônimos, colocados frequentemente em sua mochila ou no vidro do carro. Como os episódios voltaram a acontecer, a aluna decidiu divulgar a história no Facebook como forma de proteção.

A USP informou que a estudante terá uma reunião com a Comissão de Direitos Humanos nesta quarta-feira (4) para discutir as medidas que serão tomadas. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a jovem será chamada a depor sobre a ameaça recebida. A tentativa de estupro ainda é investigada sob sigilo.