Arcebispo de Aparecida manda indireta para Bolsonaro em missa

“Pátria amada não pode ser pátria armada”, disse dom Orlando Brandes em sermão pelo do Dia de Nossa Senhora

O arcebispo metropolitano de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes fez duras críticas ao momento atual do Brasil durante a missa pelo Dia de Nossa Senhora, na manhã desta terça-feira, 12.

m sermão na Basílica de Aparecida, o religioso disse, sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que o povo precisa abraçar “nossas autoridades para construir uma pátria amada, e não armada”. As informações são do site Metrópoles.

Dom Orlando Brandes celebra missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida.
Créditos: Marcos Corrêa/PR
Dom Orlando Brandes celebra missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida.

“Para ser pátria amada seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. Todos os irmãos construindo a grande família brasileira”, disse dom Orlando Brandes em referência ao slogan usado pelo presidente Bolsonaro, que é defensor do armamento da população.

Presidente Jair Bolsonaro é defensor do armamento da população
Créditos: Alan Santos/PR
Presidente Jair Bolsonaro é defensor do armamento da população

Durante o sermão, dom Orlando também pediu que o povo “abrace o Brasil enlutado” pelas mais de 600 mil mortes pela covid-19.

O religioso também defendeu a vacina e a ciência. “Mãe Aparecida, muito obrigado porque na pandemia a senhora foi consoladora, conselheira, mestra, companheira e guia do povo brasileiro que hoje te agradece de coração porque vacina sim, ciência sim, e Nossa Senhora Aparecida juntos salvando o povo brasileiro”.

A missa contou com a presença dos ministros da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e da Cidadania, João Roma. O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também estava entre as autoridades presentes.