As intervenções do Coletivo PIU

Por: Catraca Livre

Com a proposta de realizar intervenções na cidade de São Paulo e envolvido em projetos que promovem a reflexão, o Coletivo PIU (Pequenas Intervenções Urbanas) surgiu de uma vontade de ter voz e dar voz à metrópole.

No começo, as meninas por trás do projeto, iniciaram a ideia como um desabafo pela falta de espaço para a realização de alguns tipos de intervenções, mas aos poucos o PIU foi tomando forma e agregando mais gente. Hoje, são nove mulheres – nada contra os homens – com repertórios bastante complementares: de bailarina, atriz, jornalista a videomaker, designer, arquiteta, publicitária e fotógrafa.

Cada uma mantém a sua vida, com trabalhos extra-Piu para conseguir realizar os projetos do Coletivo. “O PIU (não) sobrevive financeiramente. Na verdade todas nós temos nossos trabalhos para bancar nossos luxos (rs), pizzas nas reuniões do PIU e gasolina pra ir pra lá e pra cá com as intervenções! Brincadeiras a parte, já realizamos dois projetos com apoio de editais em 2009. O Interações Estéticas, da Funarte e o ProaC do governo do Estado de São Paulo. De resto, saiu tudo do bolso mesmo,” explica Juliana Fava, uma das integrantes do Coletivo.

A primeira atuação na cidade foi mais “teórica”, rolou o EIPA (sigla para encontro independente do que possa acontecer), uma reunião de artes multidisciplinar sob o tema ‘Lugares e Não Lugares’.

Uma das mais recentes edições do EIPA, foi o projeto de intervenção e performance no bairro do Bixiga. Agora está trazendo para a cidade um projeto chamado “Suggestion Box”, onde saem pelas ruas com uma caixa especialmente desenhada para as pessoas fazerem suas sugestões sobre qualquer tema: desde aspectos de sua vida pessoal até a política, passando pela cidade, relação entre pessoas, sem muitas regras.

Quanto a novos projetos, Juliana revela: “Iniciaremos o ano distribuindo um material didático-inspirador que foi gerado no EIPA para escolas de ensino médio da rede pública e depois disso…. só deus sabe”.