Assessor de Bolsonaro chama Coringa de esquerdista sem Deus

Filipe Martins, que cuida de assuntos internacionais, usou o Twitter para dar uma de crítico de cinema e ainda analisou atuação do ator Joaquin Phoenix

O filme do inimigo do Batman chegou definitivamente para colocar mais lenha na fogueira das discussões políticas. Que o diga o assessor do presidente Jair Bolsonaro para Assuntos Internacionais, Filipe Martins. Neste domingo (6), ele deu sua opinião sobre o longa no Twitter: chamou Coringa de esquerdista sem Deus.

Coringa: esquerdista sem Deus?
Créditos: Reprodução/Warner Bros. Entertainment
Coringa: esquerdista sem Deus?

Vejamos, então, o que Martins escreveu na postagem. “Assisti Joker”, disse. “É uma demonstração do que a anomia social e o ressentimento esquerdista podem fazer com uma mente perturbada; um retrato desesperador das consequências do mundo sem Deus, sem propósito, sem transcendência e sem redenção que a geração de maio de 1968 tentou criar.”

Essa foi sua análise do filme enquanto obra simbólica em relação ao momento sociopolítico em que vivemos, por assim dizer.

Martins, no entanto, também deu um pitaco mais técnico sobre a produção cinematográfica. E isso, claro, respondendo a críticas recebidas por conta do comentário anterior, sobre o Coringa esquerdista sem Deus.

Crítico de cinema

E, nesse viés analítico mais focado na linguagem fílmica mesmo, até citou um diretor americano mais alternativo, mostrando que tem um conhecimento acima da média no assunto.

“O filme é muito bem feito da perspectiva artística e a atuação do Joaquin Phoenix é genial, mas o desconforto e a agonia que ele causa no telespectador lembram o incômodo e a aflição causados pelos filmes niilistas do Harmony Korine”, escreveu.

Seria então Korine, na visão de Martins, um cineasta esquerdista sem Deus, assim como o personagem Coringa?

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