Até quando? Machismo escancarado de pessoas públicas reflete em toda a sociedade
– “Sabem as semelhanças entre as feministas e o miojo? Ficam prontas em 3 minutos e são comida de universitário”;
– “Mas todos dizem que a moça tem ‘cara de puta’? Não tem realmente nenhuma que esteja com ‘cara de puta’?”;
– “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida”;
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– “O mundo deveria ser machista”.
Esses quatro comentários foram ditos (ou escritos) por pessoas que estão o tempo todo em evidência, que aparecem na mídia e nas redes sociais, e seus comentários chegam a milhares e até milhões de pessoas diariamente.
O primeiro deles, que compara feministas ao miojo, foi escrito pelo recém contratado colunista da Folha de S. Paulo Kim Kataguiri, também coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL). Apesar de ter sido um tweet de 2014, a frase sexista voltou aos holofotes das redes após a contratação do jovem pelo jornal considerado de prestígio.
Outro caso que deu o que falar foi a visita da vlogueira Jout Jout ao programa do Jô Soares. Durante a entrevista, o apresentador – que comanda o mesmo formato de programa talk show desde 1988, sempre em emissoras de grande visibilidade – constrangeu Jout Jout ao usar o termo “cara de puta”. Felizmente, ela respondeu à altura e com classe dizendo que “cara de puta” não existe.
Mas, não é apenas na internet e na televisão que o sexismo transita livremente. Na política brasileira, temos um exemplo incansável de uma figura que insiste em fazer comentários preconceituosos em todas as direções.
O deputado Jair Bolsonaro – que cumpre atualmente seu sexto mandato na Câmara dos Deputados (foi o mais votado em 2014 no Rio de Janeiro) – já lançou tantos comentários polêmicos, que acabou sendo merecedor de um Tumblr que reúne suas frases, incluindo “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida” e “Não te estupro porque você não merece”.
O último caso sobre igualdade de gêneros comentado nas redes sociais faz referência ao reality show “Big Brother Brasil”. Dessa vez, foi uma mulher que evidenciou o quanto ainda o feminismo é mau entendido pela sociedade. O comentário da participante Ana Paula, de 34 anos, foi este:
“Eu era muito feminista. Mas acho que o mundo tem que ser machista. Acho que a mulher pode levar o café da manhã na cama, e o homem fazer seu papel de provedor. A mulher está muito pra frente e os homens estão ficando cada vez mais bobos. Não estou atrás de direitos iguais. De jeito nenhum.”
Diga “não!” à reprodução do machismo
Os exemplos citados são apenas um pequeno recorte do que é reproduzido não apenas entre pessoas conhecidas e importantes na mídia, mas também entre pessoas comuns, das mais diversas idades, classes sociais e sexo. E é aí que mora o perigo!
Enquanto a sociedade aceitar os mais variados tipos de preconceito, incluindo o machismo, porque “ora, faz parte, isso não vai mudar”, casos como estes vão continuar acontecendo, e não apenas na tela da TV ou do computador. Mas também nas salas de aula, no trabalho, no transporte público, na rua e até mesmo dentro de casa.
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