No dia 9 de setembro, o público de uma peça de teatro mostrou descontentamento com a performance. Um grupo de ativistas invadiu o palco para se colocar contra o uso de galos durante o espetáculo. “Isso não é teatro, isso é maus-tratos dos animais!”, gritou uma mulher na plateia.

A peça, chamada de “4”, era do diretor argentino Rodrigo García e estava sendo exibida pela segunda vez no teatro do Sesc de Santos, em São Paulo. Ela fazia parte do festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos, Mirada.

Um vídeo, gravado durante a performance, mostra quando houve a interrupção. É possível ver o ator pegando uma das aves e colocando-a por baixo da roupa. Logo depois, pega o animal pelos pés – calçados com sapatos. Uma espectadora, então, se manifesta e outra invade o palco para resgatar os galos.

Em Santos, uma Lei Municipal de 2004 proíbe o uso de animais selvagens ou domésticos em qualquer tipo de espetáculo. No mesmo dia do acontecimento, outros ativistas se reuniram em frente ao teatro para protestar contra os maus-tratos dos animais durante a peça.

O Sesc foi multado em R$2 mil por infração dessa lei. O coordenador da programação, Luiz Fernando Silva, explicou, em nota, ao Estado de S. Paulo que a instituição “não interfere no processo criativo dos autores e só programa os espetáculos que cumprem todas as normas, cuidados e procedimentos necessários para utilização de animais em cena, como é o caso de 4”.