‘Blackout tuesday’ mobiliza web, mas ativistas dizem que atrapalha
Está mais difícil achar nas redes informações úteis, links de doações, localizações e denúncias de violência policial
O ‘Blackout tuesday’, movimento antirracista que tomou conta das redes sociais, em todo o mundo, nesta terça-feira, 2, atrapalha dizem ativistas do movimento negro.
A iniciativa propunha interromper atividades, negócios em todo os Estados Unidos para provocar uma reflexão sobre a responsabilidade quanto a morte de George Floyd e conscientizar as pessoas de que se trata de um episódio racista e não apenas uma ação policial mal sucedida.
A campanha foi criada por grandes empresas da indústria fonográfica, como a Atlantic Records, Sony/ATV, Sony Music, Warner Records. Outras corporações do meio aderiram, dentre elas: Soundcloud, Spotify, Vevo e YouTube. Com a adesão de famosos, o ‘Blackout tuesday’ se espalhou rapidamente por todo o mundo e então começou a enxurrada de quadrados pretos nas redes socais.
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Segundo os organizadores, essa quantidade de quadrados pretos com a hashtag ‘Blackout tuesday’ e apenas ela, trai o objetivo da campanha. As pessoas param de publicar publis, anúncios, fotos de cachorro, selfies, mas sem denunciar a violência policial racista, dados, campanhas, informações, o objetivo de conscientização não é alcançado e a campanha perde seu principal mote.
Além disso, a quantidade de quadrados pretos com a hashtag #BlackLivesMatter e #BLM, sem algum conteúdo específico, está tornando mais difícil achar nas redes informações úteis, links de doações, localizações e denúncias de violência policial nos protestos que acontecem e usavam as mesmas tags.
“Isso não está nos ajudando, cara. Quem diabos pensou nisso? As pessoas precisam perceber o que está acontecendo”, escreveu o cantor Lil Nas X, compartilhando uma mensagem do DJ Dillon Francis que notava o problema.