Bolsonarista acusado de mandar funcionárias colocarem celular no sutiã pagará indenização

"Duas não queriam e estão para fora, hoje já estão falando ‘eu vou votar no Bolsonaro agora’. Então vota, primeiro prova, que nós contratamos de novo”

Acusado de obrigar funcionárias de sua empresa a colocarem “o celular no sutiã” para que filmassem o voto na urna, o empresário do agronegócio Adelar Eloi Lutz, apoiador declarado de Jair Bolsonaro, assinou o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), que investiga a suposto crime de manipulação.

Diante da denúncia, o bolsonarista terá que fazer uma retratação pública, defendendo o direito de liberdade de voto e pagará indenização por danos morais coletivos estimada em R$ 150 mil.

 “Duas não queriam e estão para fora, hoje já estão falando ‘eu vou votar no Bolsonaro agora’. Então vota, primeiro prova, que nós contratamos de novo”, revela áudio vazado.
 “Duas não queriam e estão para fora, hoje já estão falando ‘eu vou votar no Bolsonaro agora’. Então vota, primeiro prova, que nós contratamos de novo”, revela áudio vazado.

O dinheiro será revertido para o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad) e contribuirá para projetos de apoio ao trabalho digno na região do município de Formosa do Rio Preto (BA), onde o empresário possui outras propriedades.

No vídeo de retratação pública, que será divulgado nas redes sociais em até 48 horas, Lutz orientará trabalhadores a denunciarem patrões que cometerem assédio eleitoral e levarem eventuais denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

Além disso, o ruralista se comprometeu a não influenciar nos votos dos empregados, independentemente das preferências políticas. Caso descumpra alguma das obrigações pagará multa mínima de R$ 50 mil.