Bolsonaro debocha da CPI da Covid: ‘Renan tem moral para prender alguém?’

O presidente fez referência a confusão gerada com o depoimento de Fabio Wajngarten na Comissão que investiga as ações do seu governo durante a pandemia

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou seu perfil no Twitter, na noite desta quarta-feira, 12, para debochar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que acontece no Senado Federal.

Bolsonaro debocha da CPI da Covid: ‘Renan tem moral para prender alguém?’
Créditos: Reprodução
Bolsonaro debocha da CPI da Covid: ‘Renan tem moral para prender alguém?’

Na publicação, Bolsonaro rebateu o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI e disse que o parlamentar não teria moral para prender ninguém, fazendo referência a confusão gerada hoje com o depoimento de Fabio Wajngarten, ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações no seu governo.

Áudio de Wajngarten desmentindo seu depoimento na CPI da Covid viraliza

“Com mais de 10 inquéritos no STF, Renan tem moral para querer prender alguém?”, escreveu Bolsonaro, no Twitter. Segundo contabilizou o jornal “O Estado de São Paulo”, são nove investigações abertas contra Renan nesta instância.

Durante a sessão da CPI, Renan Calheiros acusou Wajngarten de “mentir” ao ser sabatinado por senadores e ameaçou prendê-lo sob justificativa de falso testemunho.

Bolsonaro postou ainda o trecho do vídeo da sessão, em que seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) chama Renan Calheiros de “vagabundo”.

Não a toa, o presidente cortou do trecho que publicou, o momento em que Renan cita o caso das “Rachadinhas” de Flávio Bolsonaro.

“Vamos tentar colocar vacina nos braços dos brasileiros e não tentar fazer palanque, como o senador Renan Calheiros tenta fazer. A todo momento, querendo aparecer… Imagina um cidadão honesto sendo preso por vagabundo, que é o senador Renan Calheiros?!”, afirmou Flávio Bolsonaro. “Vagabundo é você que roubou dinheiro do pessoal do gabinete”, rebateu Renan.

Logo após esse momento, a sessão foi suspensa pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).