Bolsonaro diz que trabalhador prefere não ser patrão pela dificuldade
A verdade é que sem crescimento econômico, não há geração de emprego e muito menos de patrões. Quem impede o povo brasileiro de virar patrão é Bolsonaro
Retirando cada dia mais direitos dos trabalhadores, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que o povo brasileiro “não tem vontade de ser patrão” pela dificuldade que é no Brasil. A declaração foi feita durante assinatura de Medida Provisória para possibilitar a negociação de débitos tributários entre contribuintes e a União, nesta quarta-feira, 15.
Em meio aos altos índices de desemprego de seu governo, Bolsonaro questionou: “Por que não está dentro do povo querer ser patrão ou empreendedor? Talvez, no seu subconsciente, saiba da dificuldade que é ser patrão no Brasil”. Atualmente no Brasil 12,6 milhões de pessoas estão desempregadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ao todo, 41,1% da população que se declarou ocupada ao IBGE, trabalha sem carteira assinada e, portanto, sem renda fixa e sem direitos. Em números, essa taxa representa 38,8 milhões de pessoas. É a maior proporção desde 2016, em plena crise econômica.
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O número de empregados sem carteira assinada bateu novo recorde: 11,8 milhões de brasileiros.
Os que se declaram trabalhadores por conta própria, onde se enquadram os ambulantes, motoristas de aplicativos e quem vive de ‘bicos’, são mais de 24,3 milhões de brasileiros.
Bolsonaro também afirmou que o país precisa deixar de ser “socialista na economia” com o Estado parando de ficar “em cima de quem produz”.
“Estão [os investidores] acreditando em nós. Isso vem de onde? Do restabelecimento da confiança, de cada vez mais nós deixarmos de sermos socialistas na economia […]O Brasil não pode ser socialista na economia. É. Uma interferência enorme por parte do Estado em cima de quem produz”, disse.
A verdade é que sem crescimento econômico, não há geração de emprego e muito menos de patrões. Quem impede o povo brasileiro de virar patrão é Bolsonaro e sua política e não a vontade dos trabalhadores.