Bolsonaro é diagnosticado com cálculo renal e fará cateterismo

Segundo o presidente a pedra em seu rim é do "tamanho de um grão de feijão"

31/08/2020 23:34 / Atualizado em 24/09/2020 23:32

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi diagnosticado com cálculo renal nesta segunda-feira, 31, e será submetido a uma cirurgia de cateterismo para remover a pedra que se formou no seu rim, segundo informações obtidas pela CNN Brasil.

Bolsonaro é diagnosticado com cálculo renal e fará cateterismo
Bolsonaro é diagnosticado com cálculo renal e fará cateterismo - Agência Brasil/Tânia Rego

Com cálculo na bexiga, Bolsonaro fará cirurgia; A 5ª em dois anos

De acordo com a emissora, Bolsonaro descobriu o problema nesta segunda-feira. Ele foi levado ao serviço médico da Presidência da República e foi submetido a uma ultrassonografia, que constatou a presença do cálculo renal.

O presidente afirmou à CNN Brasil que a pedra é “do tamanho de um grão de feijão”. Bolsonaro disse que se sente bem, mas um incômodo o levou a procurar ajuda. “Senti um incômodo e fui fazer o exame. Mas estou bem. Isso é coisa da idade”, declarou.

Após o exame, Bolsonaro retornou ao Palácio da Alvorada e conversou com apoiadores. O presidente chegou a dizer para um de seus eleitores presente no local que estava se sentindo “cansado”, mas não entrou em detalhes.

O Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre o quadro de saúde de Bolsonaro.

Cálculo renal ou pedra no rim: o que fazer?

Dizem que cálculos renais, popularmente chamados de “pedras nos rins”, é a dor que mais se aproxima da dor do parto. Uma cólica intensa, localizada na região da lombar, podendo atingir a lateral do abdômen e genitais. Geralmente, acompanhada de vômito e muita ansiedade. O urologista Dr. Roni Fernandes, voluntário do Horas da Vida, nos conta sobre estas pedras que parece causar muita dor.

O que é?

As “pedras” são formações sólidas de sais minerais e uma série de outras substâncias, como oxalato de cálcio e ácido úrico. Seu tamanho varia de pequeninos grãos, até o tamanho do próprio rim.

Sintomas:

Em poucos casos, os pacientes podem não apresentar sintomas ou sentir pouca dor durante a passagem da pedra pelo canal que leva a urina do rim para a bexiga (ureter). Porém, a maioria apresenta os sintomas a seguir:

  • – dor muito forte, quase insuportável, que começa nas costas e se irradia para o abdômen em direção à virilha. É uma dor que se manifesta em cólicas, isto é, com um pico de dor intensa seguido de certo alívio;
  • – náuseas e vômitos;
  • – sangue na urina;
  • – suspensão ou diminuição do fluxo urinário;
  • – necessidade de urinar com mais frequência;
  • – infecções urinárias.

Tratamento:

O tratamento pode ser clínico, com medicamentos para o controle da dor e para auxiliar na eliminação espontânea do cálculo. Quando o cálculo não é expelido espontaneamente, podem ser necessários outros procedimentos, tais como:

  • – bombardeamento das pedras por ondas de choque visando à fragmentação do cálculo, o que torna sua eliminação pela urina mais fácil (litotripsia);
  • – cirurgia para retirar o cálculo dos rins ou do ureter após sua fragmentação (cirurgia endoscópica ou ureteroscopia).

Algumas vezes, baseado em uma extensa investigação clínica e laboratorial, é necessário o uso de medicamentos que alteram a composição da urina.

Prevenção:

A prevenção da formação dos cálculos urinários baseia-se, principalmente, em uma mudança nos hábitos de vida, especialmente:

  • – aumento da ingestão de água e de sucos naturais (preferencialmente os sucos cítricos, como de limão);
  • – diminuição do consumo de sal e de alimentos ricos em proteína animal;
  •  prática de atividade física regular;
  •  perda de peso.

Recomendações:

  • – ao perceber a possibilidade de estar eliminando um cálculo, utilizar um filtro de papel para recolhê-lo. A análise de sua composição pode orientar o médico na escolha do tratamento mais adequado;
  • – usar apenas medicamentos contra dor prescritos pelo médico;
  • – procurar atendimento médico, especialmente se tiver dores intensas nas costas ou no abdômen e sinais de sangue na urina.

Com informações do Ministério da Saúde.