Bolsonaro é elogiado por Conselho de Segurança dos EUA

Texto menciona posição contrária de presidente brasileiro à participação de Cuba no programa Mais Médicos

Órgão americano posta mensagem no Twitter direcionada a Bolsonaro
Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
Órgão americano posta mensagem no Twitter direcionada a Bolsonaro

O Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, órgão que assessora o presidente americano Donald Trump, publicou uma mensagem no Twitter elogiando Jair Bolsonaro por sua posição contrária  a presença de cubanos no programa Mais Médicos.

“Elogiamos o presidente eleito do Brasil, @JairBolsonaro, por tomar posição contra o regime cubano por violar os direitos humanos de seu povo, incluindo médicos enviados para o exterior em condições desumanas”, diz o texto do Conselho de Segurança.

Bolsonaro se limitou a responder a mensagem com “thank you” em seu Twitter.

Saída de cubanos do programa Mais Médicos

Nesta semana, o governo de Cuba informou ter deixado o programa social em razão de declarações “depreciativas e ameaçadoras” de Bolsonaro. Durante campanha, o presidente eleito disse que iria expulsar os cubanos do Brasil, com base no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira, conhecido como Revalida.

Na última quarta-feira (14), quando Cuba anunciou a saída dos médicos cubanos, Bolsonaro disse que o governo cubano havia decidido deixar o Mais Médicos por não concordar com o teste de capacidade dos profissionais. Para o presidente, é “desumano” dar aos mais pobres atendimento médico “sem garantia”.

Ao todo, foram 5 anos da participação de cubanos no Mais Médicos, que atendiam em regiões do país que não tinham cobertura médica. O programa foi criado em 2013, durante o governo Dilma Rousseff e 8,45 mil médicos da ilha caribenha faziam parte dos 16 mil participantes do programa social.

Em nota, o governo cubano justificou a saída, acusando o presidente eleito Jair Bolsonaro de fazer “declarações ameaçadoras e depreciativas”. E pontuou: “O Ministério da Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do Programa Mais Médicos e assim comunicou a diretora da Organização Panamericana de Saúde e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam a iniciativa”.