Bolsonaro: ‘Não vou tomar vacina e ponto final’
"Nós devemos respeitar quem não queira tomar", disse o presidente ao reafirmar que vacinação não será obrigatória
Defensor ferrenho da cloroquina no tratamento contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro nega a vacina contra a doença e diz que não vai se submeter à imunização.
“Eu não posso falar como cidadão uma coisa e como presidente outra. Mas como sempre eu nunca fugi da verdade, eu te digo: eu não vou tomar vacina. E ponto final. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu. E ponto final”, disse em entrevista à Band.
Por outro lado, ele reitera sua confiança na prevenção da covid-19 com o uso de hidroxicloroquina. “Salvou minha vida. E minha mãe de 93 anos tem sempre uma caixa do lado dela”, afirmou,
Apesar do posicionamento, ele disse que comprará doses da vacina que for aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Seja qual for [a vacina], passou pela Anvisa, eu dou sinal verde para o Ministério da Saúde comprar e colocar em prática”.
Bolsonaro ainda voltou a dizer que a vacinação não será obrigatória. “Nós devemos respeitar quem não queira tomar, não como de vez em quando alguma autoridade diz que tem que ser obrigatória. Não vai ser obrigatória”.
Termo de responsabilidade
Na segunda-feira, 14, Jair Bolsonaro defendeu que quem quiser tomar a vacina contra a covid-19 deve assinar um termo de responsabilidade para isentar a União de responsabilidades por eventuais efeitos colaterais.
A ideia foi duramente criticada por médicos e juristas que afirmam que Bolsonaro trabalha contra a vacinação da população.