Bolsonaro: quem protesta contra corte na Educação é ‘idiota útil’

Em Dallas, o presidente disse que protestos são organizados por 'minoria' que comanda universidades

15/05/2019 14:06

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em Dallas (EUA), que os estudantes que estão se manifestando contra o corte de verbas no Ministério da Educação são “idiotas úteis” e “massa de manobra” que seriam manipulados por uma minoria de “militantes” que estaria à frente das universidades federais.

O presidente Jair Bolsonaro durante live no Facebook, com o ministro da Educação, Abraham Weintraub
O presidente Jair Bolsonaro durante live no Facebook, com o ministro da Educação, Abraham Weintraub - Reprodução/Facebook

“É natural, é natural, mas a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil”, afirmou, segundo o “Globo”.

Bolsonaro afirmou também que “não existe corte” e culpou os governos anteriores:  “O que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente também, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento e, se não tiver esse contingenciamento, eu simplesmente entro contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Então não tem jeito, tem que contingenciar. Mas eu gostaria [de não cortar] nada, em especial na Educação”.

O presidente está em Dallas depois de ter cancelado a visita que faria a Nova York para receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Bolsonaro foi alvo de críticas do próprio prefeito nova-iorquino, Bill de Blasio, que o chamou de “homofóbico”.

Para Bolsonaro, a educação no Brasil “está deixando muito a desejar”. “ A garotada, com 15 anos de idade, na oitava série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro destas pessoas? Fala-se que tem muito desempregado, 14 milhões, mas parte deles não tem qualquer qualificação porque esse cuidado não teve pelo PT ao longo de 13 anos.”

Ao menos 82 universidades e institutos federais participam de protestos em resposta ao bloqueio de 30% dos orçamentos determinado pelo Ministério da Educação.