Bolsonaro só quer entregar parte do vídeo da reunião citada por Moro
Segundo o ex-ministro, na reunião, Bolsonaro disse que quer ter acesso a relatórios de inteligência, e ainda teria pedido a troca do chefe da PF no RJ
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou ao Supremo Tribunal Federal, por meio da Advocacia Geral da União (AGU) , uma petição pedindo ao ministro Celso de Mello para entregar apenas partes do vídeo da reunião citada pelo ex-ministro Sergio Moro, em depoimento à Polícia Federal (PF), no qual acusou o chefe do executivo nacional de interferir na PF.
A reunião citada por Moro no depoimento, entre ele, Bolsonaro e outros ministros foi gravada e por isso, Celso de Mello pediu que o Planalto enviasse ao Supremo a cópia integral do vídeo.
Na quarta-feira, a AGU solicitou que Mello suspendesse a determinação para ter acesso as imagens, e nesta quinta-feira, anexou outro pedido, para que ele “também considere” receber apenas trechos do vídeos que dizem respeito ao inquérito em andamento.
- Descubra como aumentar o colesterol bom e proteger seu coração
- Entenda os sintomas da pressão alta e evite problemas cardíacos
- USP abre vagas em 16 cursos gratuitos de ‘intercâmbio’
- Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
A justificava dada é que no vídeo contra conteúdo “sensível ao Estado”.
As investigações foram abertas após denuncias de Sérgio Moro, ao pedir demissão do governo, de que Bolsonaro queria interferir na Polícia Federal para benefício próprio;
As diligências foram abertas para investigar eventuais crimes cometidos pelo presidente ao supostamente tentar interferir na Polícia Federal, e tem como base, acusações feitas por Moro.
O ex-ministro afirmou que na reunião, Bolsonaro falou em frente aos demais ministros que quer ter acesso a relatórios de inteligência, e ainda teria pedido a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Moro contou que tudo foi gravado em vídeo e está em poder da Presidência.
O ministro Celso de Mello ainda não decidiu sobre o pedido de Bolsonaro para não entregar o vídeo.