Bruno Gagliasso é afastado de campanha após post homofóbico
A Prefeitura do Rio informou que o ator não será mais garoto-propaganda do órgão em campanha contra LGBTfobia
Depois de ter post com teor homofóbico ressuscitado por internautas, o ator Bruno Gagliasso já perdeu pelo menos um futuro contrato de publicidade.
Em nota enviada à imprensa, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que o famoso não será mais garoto-propaganda da campanha municipal contra a LGBTfobia, conforme ele já foi em 2015.
“A Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS Rio), vem a público esclarecer que a campanha contra LGBTfobia que circula na internet, na qual o garoto-propaganda é o ator Bruno Gagliasso, foi produzida pela gestão anterior. O ator está sendo acusado de homofobia e lesbofobia por mensagens postadas no Twitter.
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A campanha fez parte do show Rio Sem Preconceito, no ano de 2015, em que foram gastos quase 2 milhões de reais para promover a festa. A atual gestão da CEDS Rio descontinuou o show Rio Sem Preconceito para priorizar os trabalhos sociais de apoio aos vulneráveis e, aposta, em militantes e ativistas para trazer visibilidade para a causa LGBTI.
Só quero lembrar a população carioca que este evento de premiação Rio sem Preconceito custou quase 2 milhões de reais aos cofres públicos. Quanto ao resto, há pessoas mais competentes, como: ativistas e militantes”, afirmou a Prefeitura.
https://www.instagram.com/p/BjIfVaAHAa1/?hl=pt-br&taken-by=brunogagliasso
Depois da repercussão de uma postagem feita por Bruno Gagliasso em 2009, outras marcas das quais o artista já fez propaganda ou continua fazendo, passaram a ser questionadas pelos internautas se elas “concordam” com a mensagem do ator.
Através de seu perfil no Twitter, o banco Itaú se manifestou após os questionamentos, reiterando que a instituição “repudia e qualquer tipo de preconceito e discriminação” e ressaltando que “o ator mencionado [Bruno Gagliasso] não faz mais parte das nossas campanhas ativas”.
Ainda, empresas como a marca de cuecas Mash, Olympikus, Havaianas, Nextel Brasil e Renault também foram cobradas nas plataformas digitais, mas ainda não se manifestaram.
ENTENDA
Depois que um post racista do youtuber Júlio Cocielo envolvendo um jogador da seleção francesa repercutiu na web, Bruno Gagliasso e sua esposa, Giovanna Ewbank, entre outras personalidades, se manifestaram acusando o influenciador digital de racismo e pregando um boicote ao mesmo.
Post igualmente antigos de Cocielo foram resgatados e Ewbank afirmou que “não importa” a época em que a publicação foi feita era racismo do mesmo jeito.
Pouco tempo depois, uma postagem de 2009 feita por Gagliasso com teor homofóbico voltou a circular, obrigando o ator a se pronunciar sobre o caso.
“Estou aqui em 2018 respondendo com minhas ações e atitudes por quem já fui também em 2009 e mesmo antes disso. De alguma forma, todos estamos. Não é passando o pano no preconceito, mas sim, passando tudo a limpo, que o mundo vai se tornar um lugar melhor”, escreveu ele em seu perfil no Twitter.