Cachorra é morta a tiros em um mercado na frente do dono de 13 anos
O proprietário do estabelecimento que efetuou o disparo contra Belinha em pleno Dia das Crianças
A cachorra Belinha foi morta a tiros na porta de um mercado, em Sapucaia do Sul, município da Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), na frente do seu dono, um garoto de 13 anos. O crime aconteceu nesta segunda-feira, 12, em pleno Dia das Crianças. Foi o proprietário do estabelecimento que efetuou os disparos. O comerciante foi preso pela Brigada Militar por maus-tratos. São informações do portal GZH.
O garoto foi ao mercado, localizado no bairro Boa Vista, pouco depois do meio dia para comprar alguns produtos a pedido de sus pais. Ele foi acompanhado de sua cachorra, como de costume.
A cachorra ficou do lado de fora do mercado esperando, mas sua presença irritou o proprietário, que, segundo a polícia, atirou com uma espingarda contra Belinha.
O tiro alertou o menino, que saiu de dentro do mercado correndo. O garoto pegou o animal sangrando nos braços e foi até a casa dos pais. Com a cachorra ainda no colo, o menino suplicou em meio a lágrimas, mas Belinha não resistiu ao ferimento.
O dono do mercado foi preso pela Brigada Militar e moradores da região se revoltaram contra sua conduta e protestos aconteceram em frente ao estabelecimento.
Segundo os militares, o dono do mercado revelou que o disparo seria apenas para “assustar o animal”.
“Quando as guarnições chegaram, havia várias pessoas, em um tumulto grande que se formou. O autor, em seguida, se apresentou. Ele entregou a arma, uma carabina de pressão. O indivíduo foi autuado em flagrante com base na lei de maus-tratos aos animais“, resumiu o policial.
O delegado regional de Canoas, Mario Souza, afirma que o caso será tratado com rigor e entrará no bojo das investigações da Operação Arca, ação permanente da Polícia Civil contra maus-tratos a animais na região.
“O crime já é grave, e, nesse contexto, com a morte do animal e na frente da criança, chama ainda mais atenção e destaca mais a gravidade do crime. Não é algo a ser tratado como simples, certamente a criança terá um trauma devido a essa situação. Isso é barbárie, o que não pode ser permitido. Vamos atuar com todo o rigor da lei”, manifestou o delegado, que lembrou não haver possibilidade de fiança com o novo texto da lei.
Com a nova lei de maus-tratos aos animais, o crime não tem fiança e o empresário pode pegar de 2 a 5 anos de prisão.