Cachorro morre após voo entre RJ-SP e dona acusa Latam por maus-tratos

Latam afirma que seguiu todos os procedimentos de aceitação e transporte do animal

20/09/2021 23:58

A estudante Gabriela Duque Rasseli, de 24 anos, acusa a companhia aérea Latam por maus-tratos de animais após seu cachorro morrer depois de voar numa ponte aérea entre Rio de Janeiro e São Paulo, num voo da empresa, no último sábado, 18.

Cachorro morre após voo entre RJ-SP e dona acusa Latam por maus-tratos
Cachorro morre após voo entre RJ-SP e dona acusa Latam por maus-tratos - Reprodução/Instagram

Segundo a dona do cachorro, seu animal de estimação morreu horas após chegar do voo, por estar muito debilitado.

“Meu cachorro chegou no Aeroporto do Galeão às 13h53 e só me entregaram ele 15h30. Deixaram meu cachorro no calor, quando ele chegou pra mim já estava quase morto! Eu e minha família estamos devastados. A Latam não entrou em contato com a gente. Estão bloqueando meus comentários e da minha família na página deles [no Instagram]”, publicou a estudante em seu perfil no Instagram.

De acordo com Gabriela, houve uma grande demora para que o animal de estimação fosse entregue. No post, a dona do cachorro ainda pede explicações à companhia aérea.

“Expor a situação foi a única maneira que encontramos de tentar algum tipo de justiça. Só queremos respostas, uma investigação do que aconteceu com ele enquanto demoraram horas para me entregar o bichinho”, afirmou.

A companhia aérea afirma que está em contato com a Gabriela pela morte de seu cachorro. “Nós da LATAM nos sensibilizamos muito com o que aconteceu e estamos em contato com a cliente Gabriela desde o desembarque do animal. A companhia reitera que a segurança é um valor inegociável, reforçando que se solidariza com a tristeza vivida pela cliente e que fará tudo que está ao seu alcance para oferecer a assistência necessária neste momento”.

“A empresa esclarece ainda que seguiu todos os procedimentos de aceitação e transporte do pet, que atendem rigorosamente aos regulamentos de autoridades nacionais e internacionais”, diz o posicionamento da empresa enviado ao portal Metrópoles, nesta segunda-feira, 20.

O perfil da Latam no Instagram consta centenas de comentários cobrando explicações sobre o caso após o post de Gabriela viralizar.

https://www.instagram.com/p/CT8Vb2ul0DZ/

Veja como denunciar maus-tratos contra animais

Primeiramente, certifique-se de que a denúncia é verdadeira. Falsa denúncia é crime, como descrito no artigo 340 do Código Penal Brasileiro. Não tenha medo: é possível denunciar de maneira anônima ou pedir sigilo dos dados no momento da denúncia.

Vale dizer também que o denunciante figura apenas como testemunha do caso, pois é o Estado quem denuncia na prática e é autor de todo o trâmite.

Caso a situação de maus-tratos esteja ocorrendo no momento do flagrante, a orientação é ligar no 190, pedir uma viatura no local e aguardar a chegada da polícia.

Se a situação for recorrente, é importante reunir evidências dos maus-tratos, como fotos, vídeos e áudios. “Quanto mais material tiver, maior embasamento técnico terá a denúncia para poder prosperar”, explica a advogada Monica Grimaldi. Já se o animal foi encontrado ou foi pego sendo espancado, a orientação é levá-lo ao veterinário, pedir os laudos e processar o autor dos maus-tratos, caso ele seja conhecido.

Em caso de abandono ou atropelamento, deve-se anotar a placa do carro para levantar a identificação do motorista no Detran. Envenenamentos de animais e ameaças também devem ser denunciados.

Monica Grimaldi lembra que essa é uma das maneiras de praticar cidadania. “As pessoas têm que entender que o animal não tem a quem recorrer, não tem voz. Denunciando, você estará salvaguardando a vida de um inocente. Mas sendo omisso, você está sendo conivente com o crime e, dessa forma, também é culpado”, afirma a advogada.

Dicas para facilitar a denúncia

  • Fotografe e/ou filme os animais vítimas de maus-tratos e, se possível, reúna testemunhas;
  • Ao fazer a denúncia, procure uma cópia por escrito do art.32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal n.º 9.605 de 1998), uma vez que há policiais que desconhecem o conteúdo dessa lei.

DENUNCIE maus-tratos:

Polícia Militar -190

Disque-Denúncia – 181

Ibama (no caso de animais silvestres)

Linha Verde – 0800 61 8080

www.ibama.gov.br/denuncias

Polícia Ambiental

Pelo site: http://denuncia.sigam.sp.gov.br/

Por e-mail: [email protected]

Ministério Público Federal – http://www.mpf.mp.br/servicos/sac

Safer Net (crimes de crueldade ou apologia aos maus-tratos na internet) – www.safernet.org.br

Denuncie maus-tratos no Sudeste

São Paulo

Disque-Denúncia Animal (São Paulo e Grande São Paulo) – 0800 600 6428

Web Denúncia – www.webdenuncia.org.br

Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (Depa) – http://www.ssp.sp.gov.br/depa

Rio de Janeiro

Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais do Rio de Janeiro – site ou telefone: 1746

DEMA – Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Tel.: (21) 3399-3290 ou (21) 3399-3298

Minas Gerais

Delegacia de Crime contra a Fauna – (31) 3212-1339ou (31) 3212-1356

Espírito Santo

Delegacia de Proteção aos Animais – Delegacia de Meio Ambiente do Espírito Santo – (27) 3236-8136

Denuncie maus-tratos no Sul

Rio Grande do Sul

Delegacia Online do Rio Grande do Sul – site

Santa Catarina

Delegacia Eletrônica de Proteção Animal de Santa Catarina –Site

Paraná

Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente | DPMA – Curitiba – (41) 3251-6200

Denuncie maus-tratos no Nordeste

Bahia

Disque –Denúncia – (71) 3235-000 (capital) / 181 (interior)

Alagoas

0800-2849390 Polícia Civil / (82) 3201-2000 P.M.

Denuncie maus-tratos no Norte

Pará

Disque-Denúncia – (94) 3346-2250

Rio Grande do Norte

Semurb – (84) 3616-9829

Amazonas

Disque-Denúncia 0800-092-0500

Roraima

Disque-Denúncia – 0800-95-1000

Amapá

Disque-Denúncia – 0800-96-8080 (Capital e Interior)

Denuncie maus-tratos no Centro Oeste

DF

Disque-Denúncia – 197

Delegacia do Meio Ambiente da Polícia Civil: (61) 3234-5481

Mato Grosso

Disque-Denúncia – 197

Mato Grosso do Sul

Disque-Denúncia – 197

Goiás

Disque-Denúncia – 197