Campanha defende que todas as crianças cresçam em família
Criança precisa de afeto, de acolhimento, de amor. No entanto, na América Latina e no Caribe, vários fatores comprometem o direito das crianças de crescer com o cuidado de uma família protetora – pobreza, migrações, desastres naturais, deficiência, enfermidades, além de violência têm separados filhos de seus pais e mães em todo o continente.
Diante desta realidade, a organização Aldeias Infantis SOS lançou uma campanha com o mote #MeImporta. Veiculada em 19 países da América Latina e do Caribe, a iniciativa tem como objetivo mobilizar pessoas, organizações sociais, empresas e governos a atuar na garantia de viver em família.
A campanha que conseguir ainda o posicionamento de crianças que perderam o cuidado de suas famílias como um assunto da resolução sobre os Direitos das Crianças da Assembleia Geral das Nações Unidas 2019.
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“Perder o cuidado de um filho porque políticas públicas não foram implementadas corretamente é uma violação dos direitos dessa família”, afirmou, em divulgação, a gestora nacional da SOS Brasil, Sandra Greco.
No Brasil, a iniciativa propõe a revisão do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Criança e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (PNCFC), levando em consideração o fortalecimento e a manutenção dos vínculos familiares e comunitários.
A família é uma referência. É onde cada indivíduo deve ser e sentir-se amado, cuidado, acolhido e protegido. Para as crianças, é ainda mais importante, faz parte do processo de desenvolvimento.
Atualmente, não existem dados quantitativos exatos sobre crianças e adolescentes que correm o risco de serem separados de suas famílias, o que é um problema. Esses dados são importantes para se pensar em políticas públicas e práticas institucionais, bem como tomar decisões adaptadas à realidade e às necessidades das crianças.
Sabe-se que na região 47% das crianças entre 0 e 14 anos vivem na pobreza. Além disso, 60% das crianças entre 2 e 14 anos sofrem violência contínua em suas casas como forma de disciplina. E quase dois milhões de crianças da região são vítimas de exploração sexual comercial.
De acordo com o Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA), temos no Brasil 48 mil crianças e adolescentes separados de suas famílias e pouco mais de sete mil já estão para adoção, o restante a espera de ser reintegrada a sua família de origem.
Vale lembrar que, em 2019, comemora-se 10 anos desde a criação das Diretrizes das Nações Unidas sobre Cuidados Alternativos para Crianças, o que torna o assunto extremamente relevante.
Neste cenário, a campanha é o compromisso que a organização propõe à sociedade como um todo: dizer que nos preocupamos com crianças que não crescem em uma família. Para aderir, use a hashtag oficial da campanha – #MeImporta, e saiba mais acessando o site.
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