Capitólio: Comandante dos Bombeiros pede que pessoas evitem os locais de risco
Os trabalhos de busca pelas pessoas desaparecidas foram retomadas na manhã de hoje
O comandante do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, coronel Edgard Estevo, fez no sábado, 8, um apelo à população para que evite locais com risco de deslizamento e enxurradas no estado. A corporação informou que são oito os mortos no desabamento de rocha no cânion de Capitólio (MG). As buscas recomeçaram na manhã deste domingo, 9.
As fortes chuvas provocaram vários problemas por todo o estado. Segundo o comandante, em 24 horas, foram registras 98 ocorrências da Defesa Civil, inclusive o transbordamento de um dique que interditou a BR-040 e deixou uma pessoa ferida.
Outras rodovias também têm pontos de interdição, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um deslizamento de terra deixou cinco feridos em Ibirité. E um imenso bloco de rocha se desprendeu das paredes do cânion de Capitólio, matando pelo menos oito pessoas e deixando mais de 30 feridos, mas não há, por enquanto, nenhuma confirmação de que a ocorrência tenha relação com as chuvas.
“Precisamos desse comportamento de autoproteção de todo cidadão, evitando esses espaços que são de risco geológico para deslizamentos, escorregamentos bem como para todos os espaços de inundação e alagamento”, disse Estevo.
A coordenadora adjunta da Defesa Civil mineira, tenente-coronel Gracielle Rodrigues Santos, afirmou que Minas Gerais está sofrendo com as chuvas intensas e que, por isso, os solos já estão saturados, o que aumenta os riscos de deslizamento de terra.
Capitólio
Sobre o caso específico de Capitólio, Gracielle disse que só uma análise poderá dizer o que causou o desprendimento da rocha.
As buscas com mergulhadores serão interrompidas durante a noite, mas, de acordo com Estevo, os bombeiros permaneceram no local. Uma aeronave que estava se deslocando ao local, não conseguiu chegar devido ao mau tempo.
A Polícia Civil informou que, por estarem passeando de barcos, algumas vítimas não tinham documento de identidade e, por isso, os corpos precisarão passar por processo de identificação.
A Marinha participa dos trabalhos de resgate e abrirá um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente.