Carlos Bolsonaro é investigado por uso de funcionários fantasmas
MP do Rio de Janeiro abriu dois procedimentos para avaliar a ficha do vereador
O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro (RJ) vai investigar Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) pelas denúncias de uso de funcionários fantasmas e a prática de ‘rachadinha’, como é conhecida a devolução de salários, no gabinete do vereador.
De acordo com a revista Época, o filho de Jair Bolsonaro (PSL) empregou sete parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente e sua madrasta. Dois admitiram à reportagem nunca terem trabalhado para o vereador, porém, o MP ainda está apurando as suspeitas de que outros três profissionais nunca deram expediente na Câmara.
Ainda segundo a publicação, um dos principais alvos da investigação é Marta Valle — professora de educação infantil e cunhada de Ana Cristina Valle. Ela disse à revista que nunca trabalhou para Carlos. “Não fui eu, não. A família de meu marido, que é Valle, que trabalhou”. Contudo, o salário bruto de Marta chegou a R$ 9,6 mil, e, com os auxílios, chegava a R$ 17 mil.
Outro caso é Gilmar Marques, ex-cunhado de Ana Cristina, que tinha salário bruto de R$ 7,9 mil, mas somados os auxílios chegou a R$ 14 mil.
Já o advogado Guilherme Henrique de Siqueira Hudson contava como assessor-chefe de Carlos Bolsonaro durante dez anos – entre abril de 2008 e janeiro de 2018. Ele é primo de Ana Cristina Valle
A investigação também inclui Andrea Siqueira Valle, irmã de Ana Cristina. Procurado pelo veículo, Carlos Bolsonaro ainda não respondeu.
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