Cármen Lúcia homologa as 77 delações da Odebrecht e mantém sigilo
Os depoimentos prestados ao Ministério Público Federal agora têm validade jurídica e podem ser usados como prova
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, homologou nesta segunda-feira, dia 30, as 77 delações de executivos e ex-funcionários da Odebrecht. A documentação segue ainda hoje para a Procuradoria-Geral da República e permanece sob segredo de Justiça.
Os mais de 800 depoimentos prestados ao Ministério Público Federal, incluindo o de Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo, agora têm validade jurídica e podem ser usados como prova do esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. As informações são da Agência Brasil.
Nas delações, os executivos e ex-executivos da empreiteira citam dezenas de políticos com mandato em curso como envolvidos no esquema.
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A decisão coube à presidente do STF devido à morte do ministro Teori Zavascki, relator da operação no Supremo, após a queda de um avião no Rio de Janeiro, e porque a Corte está em recesso. A partir de fevereiro, Cármen Lúcia não poderá mais tomar decisões referentes à operação, que ficarão com o próximo relator, a ser definido.
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