Trocar carro por bike em SP traz economia de até R$ 451 ao mês
O estudo apontou os benefícios das bicicletas para a saúde, meio ambiente e economia
Qual o impacto que o uso da bicicleta pode trazer às pessoas em São Paulo? Os dados que dimensionam essa realidade fazem parte do estudo “Impacto Social do Uso da Bicicleta em São Paulo”, realizado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), a pedido do Itaú Unibanco.
Divulgada nesta quinta-feira, dia 10, a pesquisa fez mais de mil entrevistas com moradores da capital paulista e concluiu que, se parte dos deslocamentos feitos com automóveis e ônibus fossem realizados por bicicleta, haveria ganhos para a saúde, meio ambiente e economia.
Os pesquisadores identificaram os deslocamentos por automóveis e ônibus que poderiam ser substituídos por bicicleta, considerando como “viagens pedaláveis” aquelas com até 8 quilômetros de distância realizadas entre 6h e 20h por pessoas com até 50 anos de idade.
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De acordo com o estudo, seguindo o perfil citado acima, do número total de viagens de ônibus diariamente na cidade, 31% delas poderiam ser feitas de bike. No caso dos trajetos de carro, 43% poderiam ser realizados pedalando.
A economia mensal para os cidadãos seria bastante significativa: R$ 138 para quem usa ônibus e R$ 451 para quem usa carro. Os valores foram calculados com base na tarifa à época da análise (R$ 3,80), multiplicada por 20 dias úteis, e do gasto com automóvel no mesmo período.
Com a mudança de comportamento, o PIB municipal poderia ter um acréscimo de até R$ 870 milhões, haveria economia de 13% (R$ 34 milhões) por ano no Sistema Único de Saúde com internações por doenças cardiovasculares e diabetes, e as emissões de dióxido de carbono com transporte poderiam ser 18% menores.
Outra informação relevante da pesquisa é a economia de tempo: 45% das viagens feitas de ônibus que poderiam ser realizadas de bike seriam mais rápidas sobre duas rodas. As pessoas que aderissem a esse novo estilo de vida economizariam 19 minutos por dia, o equivalente a seis horas livres por mês. No caso das viagens pedaláveis de carro, 26% delas seriam mais rápidas de bicicleta, com uma economia diária de 9 minutos.
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